O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge#!" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) </a>atualizou o total das popula&ccedil;&otilde;es de ind&iacute;genas e de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/quilombolas" target="_blank">quilombolas</a> no pa&iacute;s, a partir dos dados das &uacute;ltimas apura&ccedil;&otilde;es do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/117575,censo-2022-do-ibge-traz-noticia-ruim-para-salvador-saiba-qual" target="_blank">Censo Demogr&aacute;fico 2022</a>. A popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena no pa&iacute;s &eacute; de 1.694.836, ou seja, 1.301 a mais do que os 1.693.535 da primeira apura&ccedil;&atilde;o, divulgada em agosto deste ano.&nbsp;

J&aacute; a popula&ccedil;&atilde;o quilombola &eacute; de 1.330.186, isto &eacute;, 2.384 a mais do que os 1.327.802 da primeira apura&ccedil;&atilde;o, divulgada em julho deste ano pelo IBGE.&nbsp;

Ind&iacute;genas&nbsp; 
Os ind&iacute;genas representam 0,83% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira (203,1 milh&otilde;es). E, segundo os dados mais recentes, 1,07 milh&atilde;o deles vivem fora de terras delimitadas (63,25% do total), enquanto apenas 623 mil vivem nessas &aacute;reas (36,75%).&nbsp;

A Amaz&ocirc;nia Legal tem 868,4 mil ind&iacute;genas, ou 51,23% do total. Entre as regi&otilde;es, a Norte concentra 753,8 mil deles (44,48% do total). Em seguida, aparecem as regi&otilde;es Nordeste (com 529,1 mil, ou 31,22%), Centro-Oeste (com 200,2 mil ou 11,81%), Sudeste (com 123,4 mil ou 7,28%) e Sul (com 88,3 mil ou 5,21%).&nbsp;

O Norte tamb&eacute;m tem a maior propor&ccedil;&atilde;o de ind&iacute;genas em sua popula&ccedil;&atilde;o total (4,34%), enquanto o Sudeste tem a menor (0,15%). J&aacute; o maior percentual vivendo em terras ind&iacute;genas ficou com o Centro-Oeste (57,06%). No Norte, a parcela &eacute; de 42,03%.&nbsp;

Amazonas &eacute; o estado com maior popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena (490,9 mil), seguido pela Bahia (229,4 mil). Roraima tem a maior propor&ccedil;&atilde;o dessas pessoas em rela&ccedil;&atilde;o ao total de sua popula&ccedil;&atilde;o (15,34%).

A terra ind&iacute;gena com maior popula&ccedil;&atilde;o &eacute; TI Yanomami, com 27.178. Os ind&iacute;genas se espalham por 4.833 munic&iacute;pios brasileiros, sendo que Manaus tem a maior popula&ccedil;&atilde;o absoluta (71,7 mil) e Uiramut&atilde; (RR), a maior popula&ccedil;&atilde;o relativa (96,6% do total dos habitantes).&nbsp;

Quilombolas&nbsp;

Os quilombolas representam 0,66% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira. A propor&ccedil;&atilde;o de pessoas vivendo fora de territ&oacute;rios quilombolas oficialmente reconhecidos &eacute; de 87,39% (1,07 milh&atilde;o).

A maioria da popula&ccedil;&atilde;o quilombola vive no Nordeste (906,3 mil ou 68,14% do total). No Sudeste, s&atilde;o 182,4 mil (13,71%), enquanto no Norte s&atilde;o 167,3 mil (12,58%). Com popula&ccedil;&otilde;es menores, aparecem o Centro-Oeste (com 45 mil ou 3,38%) e Sul (com 29,1 mil ou 2,19%).&nbsp;

Entre os estados, a Bahia tem a maior popula&ccedil;&atilde;o de quilombolas (397,5 mil), mas &eacute; o Maranh&atilde;o que tem a maior propor&ccedil;&atilde;o dessas pessoas entre sua popula&ccedil;&atilde;o total (3,97%).&nbsp;

H&aacute; presen&ccedil;a de quilombolas em 1.700 munic&iacute;pios brasileiros, dos quais se destacam Senhor do Bonfim (BA), com 16 mil, Salvador, com 15,9 mil, e Alc&acirc;ntara (MA), com 15,6 mil. O munic&iacute;pio maranhense, ali&aacute;s, tem a maior propor&ccedil;&atilde;o quilombola no total de sua popula&ccedil;&atilde;o (84,52%).&nbsp;

As mulheres s&atilde;o, pela primeira vez em cinco d&eacute;cadas, maioria em todas as grandes regi&otilde;es do Brasil. Faltava apenas a Regi&atilde;o Norte para consolidar a tend&ecirc;ncia hist&oacute;rica de predomin&acirc;ncia feminina. N&atilde;o falta mais, segundo o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/117575,censo-2022-do-ibge-traz-noticia-ruim-para-salvador-saiba-qual">Censo Demogr&aacute;fico de 2022</a>, que teve novos resultados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).

O pa&iacute;s tem uma popula&ccedil;&atilde;o residente de 203.080.756. Deste total, 104.548.325 (51,5%) s&atilde;o mulheres e 98.532.431 (48,5%) s&atilde;o homens. O que significa que existe um excedente de 6.015.894 mulheres em rela&ccedil;&atilde;o ao n&uacute;mero de homens. O IBGE considera, para fins de registro, o sexo biol&oacute;gico do morador atribu&iacute;do no nascimento.

O principal indicador usado pelo IBGE nessa categoria censit&aacute;ria &eacute; chamado &ldquo;raz&atilde;o de sexo&rdquo;, que leva em considera&ccedil;&atilde;o o n&uacute;mero de homens em rela&ccedil;&atilde;o ao de mulheres. Se o n&uacute;mero for menor do que 100, h&aacute; mais mulheres. Se for maior do que 100, h&aacute; mais homens. Se em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres, em 2022 essa propor&ccedil;&atilde;o passou a ser de 94,2 homens para cada 100 mulheres.

Na divis&atilde;o por regi&otilde;es, a raz&atilde;o de sexo do Norte era 103,4 em 1980. No &uacute;ltimo Censo, em 2010, era 101,8. Agora, &eacute; 99,7. No Nordeste, considerando os mesmos anos, passou de 95,8 para 95,3 e agora &eacute; 93,5. No Sudeste, de 98,9 para 94,6 e 92,9. No Sul, de 100,3 para 96,3 e 95,0. E no Centro-Oeste de 103,4 para 98,6 e 96,7.

Quando se consideram os grupos et&aacute;rios no Brasil, a propor&ccedil;&atilde;o de homens &eacute; maior entre o nascimento e os 19 anos de idade. Entre 25 e 29 anos, a popula&ccedil;&atilde;o feminina se torna majorit&aacute;ria e a propor&ccedil;&atilde;o continua crescendo nas idades mais avan&ccedil;adas. O IBGE explica a diferen&ccedil;a inicial pelo n&uacute;mero maior de nascimentos de crian&ccedil;as do sexo masculino. E a mudan&ccedil;a na idade adulta pelas taxas maiores de mortalidade masculina na juventude.

&ldquo;As causas de morte dessa popula&ccedil;&atilde;o jovem masculina est&atilde;o relacionadas &agrave;s causas n&atilde;o naturais. Que s&atilde;o as causas violentas e os acidentes que acometem mais a popula&ccedil;&atilde;o entre 20 e 40 anos de idade. Muito mais do que acontece com as mulheres&rdquo;, afirma a pesquisadora do IBGE Izabel Guimar&atilde;es.

Unidades da Federa&ccedil;&atilde;o

A an&aacute;lise por Unidades da Federa&ccedil;&atilde;o mostra que o Rio de Janeiro &eacute; o que tem a maior propor&ccedil;&atilde;o de mulheres. A raz&atilde;o de sexo do estado &eacute; de 89,4 homens para cada 100 mulheres. Em n&uacute;meros absolutos, s&atilde;o 16.055.174 de habitantes. Deste total, 8.477.499 (52,8%) s&atilde;o mulheres e 7.577.675 (47,2%) s&atilde;o homens.

Entre os cinco primeiros desse ranking, v&ecirc;m logo na sequ&ecirc;ncia o Distrito Federal (91,1), Pernambuco (91,2), Sergipe (91,8) e Alagoas (91,9).

O Mato Grosso lidera a lista de estados com maior propor&ccedil;&atilde;o de homens. A raz&atilde;o de sexo &eacute; 101,3 homens para cada 100 mulheres. Em n&uacute;meros absolutos, s&atilde;o 3.658.649 de habitantes. Deste total, 1.817.408 (49,7%) s&atilde;o mulheres e 1.841.241 (50,3%) s&atilde;o homens.

Apenas outros tr&ecirc;s estados do pa&iacute;s t&ecirc;m predom&iacute;nio masculino na popula&ccedil;&atilde;o: Roraima (101,3), Tocantins (101,3) e Acre (100,2).

Munic&iacute;pios

O Censo 2022 tamb&eacute;m leva em considera&ccedil;&atilde;o o sexo da popula&ccedil;&atilde;o em cada munic&iacute;pio. E os n&uacute;meros mostram que o n&uacute;mero de habitantes em cada um deles influencia diretamente na diferen&ccedil;a entre homens e mulheres. Quanto mais populosos, maior &eacute; a presen&ccedil;a feminina.

Nos munic&iacute;pios com at&eacute; 5 mil habitantes, a raz&atilde;o de sexo &eacute;, em m&eacute;dia, de 102,3 homens para cada 100 mulheres. Entre 5 mil e 10 mil habitantes, o indicador fica em 101,4. Entre 10 mil e 20 mil, 100,3. As mulheres come&ccedil;am a ser maioria naqueles que t&ecirc;m entre 20 mil e 50 mil: raz&atilde;o de sexo &eacute; 98,4. Entre 50 e 100 mil, 96,2. Entre 100 mil e 500 mil, 93,3. E para aqueles que possuem mais de 500 mil, o indicador &eacute; 88,9.

Na lista dos munic&iacute;pios brasileiros com a maior raz&atilde;o de sexo, nove dos dez primeiros s&atilde;o do estado de S&atilde;o Paulo. O l&iacute;der &eacute; Balbinos, que fica na Regi&atilde;o Geogr&aacute;fica de Bauru, e tem 443,64 homens para cada 100 mulheres. Na sequ&ecirc;ncia v&ecirc;m Lav&iacute;nia-SP (286,63), Pracinha-SP (250,27), Iaras-SP (209,51), &Aacute;lvaro de Carvalho-SP (204,5), Pacaembu-SP (195,35), S&atilde;o Crist&oacute;v&atilde;o do Sul-SC (184,57), Flor&iacute;nea-SP (181,92), Serra Azul-SP (178,54) e Marab&aacute; Paulista-SP (165,72).

&ldquo;Esse n&uacute;mero maior de homens vai acontecer em muitos munic&iacute;pios com uma popula&ccedil;&atilde;o carcer&aacute;ria grande. Ela &eacute; contada por meio dos dom

ic&iacute;lios coletivos no Censo Demogr&aacute;fico e, em Balbinos e outros munic&iacute;pios principalmente de S&atilde;o Paulo, a raz&atilde;o de sexo vai ser muito alta por causa dessa popula&ccedil;&atilde;o que vive em pres&iacute;dios masculinos&rdquo;, disse Izabel Guimar&atilde;es.

Entre os munic&iacute;pios com menor raz&atilde;o de sexo, o destaque &eacute; Santos, em S&atilde;o Paulo, com 82,89 homens para cada 100 mulheres. Logo v&ecirc;m Salvador-BA (83,81), S&atilde;o Caetano do Sul-SP (84,09), Niter&oacute;i-RJ (84,53), Aracaju-SE (84,81), Recife-PE (84,87), Olinda-PE (84,89), Porto Alegre-RS (85,24), Vit&oacute;ria-ES (86,18), &Aacute;guas de S&atilde;o Pedro-SP (86,45).

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/stf">Supremo Tribunal Federal (STF)</a> fixou prazo at&eacute; 30 de junho de 2025 para que o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/congresso%20nacional">Congresso Nacional</a> edite lei complementar, prevista na Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, que <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/117591,populacao-da-bahia-cresce-pouco-e-estado-pode-perder-duas-vagas-na-camara-dos-deputados-entenda">permita revisar a distribui&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de cadeiras de deputados federais em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o de cada unidade da federa&ccedil;&atilde;o</a>.

A decis&atilde;o un&acirc;nime foi tomada na sess&atilde;o virtual encerrada na &uacute;ltima sexta-feira (25), na A&ccedil;&atilde;o Direta de Inconstitucionalidade por Omiss&atilde;o (ADO) 38, ajuizada pelo governo do Par&aacute;. Por unanimidade, foi seguido o voto do relator, ministro Luiz Fux.

Na a&ccedil;&atilde;o, o governo do Par&aacute; apontou omiss&atilde;o do Congresso Nacional em editar a lei complementar prevista no artigo 45, par&aacute;grafo 1&ordm;, da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal.&nbsp;

O dispositivo estabelece que &ldquo;o n&uacute;mero total de deputados, bem como a representa&ccedil;&atilde;o por estado e pelo Distrito Federal, ser&aacute; estabelecido por lei complementar, proporcionalmente &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, procedendo-se aos ajustes necess&aacute;rios, no ano anterior &agrave;s elei&ccedil;&otilde;es, para que nenhuma daquelas unidades da Federa&ccedil;&atilde;o tenha menos de oito ou mais de setenta deputados&rdquo;.

A distribui&ccedil;&atilde;o dos 513 deputados federais foi estabelecida em 1993 pela Lei Complementar (LC) 78, e o Estado do Par&aacute; argumentou que teria direito &agrave; representa&ccedil;&atilde;o parlamentar de mais quatro deputados desde 2010.

Assimetria representativa

Em seu voto, Fux afirmou que o n&atilde;o cumprimento da regra sobre a revis&atilde;o peri&oacute;dica da proporcionalidade na rela&ccedil;&atilde;o deputado/popula&ccedil;&atilde;o ofende a Constitui&ccedil;&atilde;o Federal e viola o direito pol&iacute;tico fundamental ao sufr&aacute;gio e ao princ&iacute;pio democr&aacute;tico, na medida em que cria uma &quot;assimetria representativa&quot;.

Ele explicou que a exist&ecirc;ncia de proporcionalidade entre o n&uacute;mero de deputados federais e a popula&ccedil;&atilde;o de cada estado &eacute; decorr&ecirc;ncia do bicameralismo adotado pela Constitui&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que cabe &agrave; C&acirc;mara dos Deputados representar o povo, ao passo que ao Senado cabe a representa&ccedil;&atilde;o dos estados.&nbsp;

Fux lembrou, inclusive, que a Constitui&ccedil;&atilde;o Federal fixa o n&uacute;mero de deputados federais como a base de c&aacute;lculo para o n&uacute;mero de deputados estaduais e distritais.

Mora legislativa

O ministro Luiz Fux observou que, desde a edi&ccedil;&atilde;o da Lei Complementar 78/1993, que fixou em 513 o n&uacute;mero atual de deputados federais, jamais houve a revis&atilde;o peri&oacute;dica.&nbsp;

Ao seu ver, a omiss&atilde;o do Congresso Nacional em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; mat&eacute;ria resulta em &ldquo;mau funcionamento do sistema democr&aacute;tico, relacionado &agrave; sub-representa&ccedil;&atilde;o das popula&ccedil;&otilde;es de alguns estados na C&acirc;mara dos Deputados em grau n&atilde;o admitido pela Constitui&ccedil;&atilde;o&rdquo;.

TSE

Caso o Congresso Nacional n&atilde;o cumpra a determina&ccedil;&atilde;o de editar lei sobre a mat&eacute;ria no prazo fixado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poder&aacute; fixar, at&eacute; 1&ordm; de outubro de 2025, o n&uacute;mero de deputados federais de cada estado e do Distrito Federal para a legislatura que se iniciar&aacute; em 2027, bem como o consequente n&uacute;mero de deputados estaduais e distritais.&nbsp;

No caso, dever&atilde;o ser observados o piso e o teto constitucional por circunscri&ccedil;&atilde;o, bem como os dados demogr&aacute;ficos coletados pelo IBGE no Censo 2022 e a metodologia utilizada em resolu&ccedil;&atilde;o do TSE sobre o tema (Resolu&ccedil;&atilde;o-TSE 23.389/2013).&nbsp;

De acordo com <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/censo" target="_blank">dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE),</a> nesta segunda-feira (7), a Bahia tem a segunda maior popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena do Brasil, contabilizando um total de 229.103 pessoas.

O n&uacute;mero daqueles que se autodeclararam ind&iacute;genas quase duplicou no estado desde o &uacute;ltimo censo demogr&aacute;fico, realizado em 2010. Na ocasi&atilde;o, foram identificadas 60.120 pessoas.

O levantamento censit&aacute;rio gerou estat&iacute;sticas oficiais sobre as autodeclara&ccedil;&otilde;es, divulgadas em parceria pela Superintend&ecirc;ncia de Estudos Econ&ocirc;micos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

Do total de 1.693.535 ind&iacute;genas identificados pelo Censo 2022, a Bahia abriga em seu territ&oacute;rio 13,5% dos autodeclarados, abaixo apenas do Amazonas (490.854 pessoas), que possui 29,0% do total recenseado nacionalmente.

Segundo a SEI, o estado tamb&eacute;m ocupa a segunda posi&ccedil;&atilde;o entre aqueles com o maior n&uacute;mero de domic&iacute;lios particulares permanentes ocupados em que ao menos uma pessoa se autodeclara ind&iacute;gena (121.166 domic&iacute;lios).

No Brasil, o n&uacute;mero de domic&iacute;lios contabilizados foi de 630.041. Isso significa que a cada cinco domic&iacute;lios brasileiros identificados como ind&iacute;gena um estava na Bahia.

Em termos relativos, o Censo de 2022 revela que as pessoas que se autodeclaram ind&iacute;genas representam 1,62% de toda a popula&ccedil;&atilde;o baiana, quase o dobro da propor&ccedil;&atilde;o verificada no Brasil como um todo (0,83% da popula&ccedil;&atilde;o).

Dentre as unidades da Federa&ccedil;&atilde;o, utilizando esse mesmo crit&eacute;rio, a Bahia possui a quinta mais elevada do pa&iacute;s, ficando atr&aacute;s do estado de Roraima (15,29%), que lidera o ranking, seguido do Amazonas (12,45%), Mato Grosso do Sul (4,22%) e Acre (3,82%).

Em compara&ccedil;&atilde;o ao Censo de 2010, a propor&ccedil;&atilde;o de popula&ccedil;&atilde;o que era ind&iacute;gena na Bahia correspondia a apenas 0,43%, e no Brasil esse percentual era de 0,47%.

Na Bahia, os tr&ecirc;s munic&iacute;pios com a maior popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena est&atilde;o inclu&iacute;dos entre os 25 maiores do Brasil. Salvador, com 27.740 pessoas ind&iacute;genas em 2022, apresenta o maior contingente no estado, quarto lugar no ranking nacional de munic&iacute;pios com maior popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena. Al&eacute;m disso, &eacute; a segunda capital com maior n&uacute;mero de ind&iacute;genas no pa&iacute;s. Destaca-se que a capital baiana ficou atr&aacute;s de tr&ecirc;s cidades localizadas no Amazonas: Manaus (71.713 ind&iacute;genas), S&atilde;o Gabriel da Cachoeira (48.256) e Tabatinga (34.497).

Em todo o estado, em 2022, ao menos uma pessoa ind&iacute;gena foi recenseada em 411 dos 417 munic&iacute;pios da Bahia, o que representa 98,6% do total. Apenas seis munic&iacute;pios n&atilde;o possu&iacute;am indiv&iacute;duos autodeclarados ind&iacute;genas: Cordeiro, Malhada, Pirip&aacute;, S&atilde;o Jos&eacute; do Jacu&iacute;pe, Saubara e Sebasti&atilde;o Laranjeiras.

Em 2010, a presen&ccedil;a ind&iacute;gena foi identificada em 391 munic&iacute;pios, ou 93,8% do total. A popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena registrou crescimento em 352 munic&iacute;pios (representando 84,4% do total), apresentou redu&ccedil;&atilde;o em 56 munic&iacute;pios (13,4% do total) e manteve-se est&aacute;vel ou inexistente em 9 cidades (2,2% do total).

Apesar de contar com a segunda maior popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena do pa&iacute;s, segundo o Censo, em n&uacute;meros absolutos, a Bahia apresentou o quinto menor percentual de popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena vivendo nas 21 Terras Ind&iacute;genas que estavam oficialmente delimitadas no estado at&eacute; 31 de julho de 2022. Do total de indiv&iacute;duos que se declararam ou consideraram ind&iacute;genas no estado, 7,51% residiam em Terras Ind&iacute;genas (17.211). Em compara&ccedil;&atilde;o, em todo o Brasil, essa propor&ccedil;&atilde;o alcan&ccedil;ava 36,73% (622.066 ind&iacute;genas de um total de 1,7 milh&atilde;o) vivendo nas 573 Terras oficialmente delimitadas.

Considerando as Terras oficialmente delimitadas na Bahia, a maior parte da popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena estava presente em 13 munic&iacute;pios, liderados, em n&uacute;meros absolutos, por Porto Seguro (5.117 ind&iacute;genas em terras delimitadas), Santa Cruz Cabr&aacute;lia (2.654 ind&iacute;genas em terras delimitadas) e Banza&ecirc; (2.625 ind&iacute;genas em terras delimitadas). O munic&iacute;pio de Banza&ecirc; se destacava pela maior propor&ccedil;&atilde;o de ind&iacute;genas em Terras delimitadas (86,07%), seguido por Itaju do Col&ocirc;nia (83,41%) e Gl&oacute;ria (61,01%).

A capital baiana tem mais de 5 mil pessoas em situa&ccedil;&atilde;o de rua. &Eacute; o que aponta um censo elaborado pela Prefeitura de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/salvador">Salvador</a> e que pode servir de norte para a elabora&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas ao setor na cidade.

Os dados completos do estudo, que deve ser divulgado em breve, foram realizados antes da decis&atilde;o do ministro do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/stf">Supremo Tribunal Federal (STF)</a>, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/alexandre%20de%20moraes">Alexandre de Moraes</a>. Na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (25), o magistrado determinou que o Governo Federal apresente em 120 dias um censo para a elabora&ccedil;&atilde;o de uma pol&iacute;tica nacional para esta popula&ccedil;&atilde;o em espec&iacute;fico.

Em conjunto com a divulga&ccedil;&atilde;o das informa&ccedil;&otilde;es, a gest&atilde;o municipal tamb&eacute;m deve lan&ccedil;ar um pacote de programas sociais direcionados a essa popula&ccedil;&atilde;o, como o aumento do valor do Aux&iacute;lio Moradia e um cart&atilde;o alimenta&ccedil;&atilde;o para quem n&atilde;o est&aacute; cadastrado no Bolsa Fam&iacute;lia ou em outros programas do Governo Federal.

Para este grupo, a Prefeitura deve implantar, neste segundo semestre, 10 unidades de acolhimento e tratamento das pessoas em depend&ecirc;ncia de subst&acirc;ncias psicoativas. Al&eacute;m disso, tamb&eacute;m neste ano, a gest&atilde;o soteropolitana lan&ccedil;ou o programa Moradia Assistida, que oferece uma casa mobiliada para fam&iacute;lias em situa&ccedil;&atilde;o de rua, cujos entes fazem uso abusivo de drogas e n&atilde;o aderem aos modelos atuais de resid&ecirc;ncia provis&oacute;ria.&nbsp;

A iniciativa tem como objetivo atender at&eacute; 100 pessoas desse perfil e j&aacute; teve oito unidades entregues.

Prefeita da cidade baiana de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banzae" target="_blank">Banza&ecirc;</a>, Jailma Dantas (PT) viu a popula&ccedil;&atilde;o da sua cidade cair mais de 6%, segundo dados do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/censo" target="_blank">Censo Demogr&aacute;fico</a> do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE). Em 2010, em 12.854 banza&ecirc;ense. Hoje, de acordo com o IBGE, s&atilde;o 11.958. Segundo a petista, o dado n&atilde;o representa a realizade.&nbsp;

&quot;Teve muitas falhas. N&atilde;o est&aacute; [representando a realidade], de forma nenhuma. Estou lhe dizendo. S&oacute; na &aacute;rea ind&iacute;gena temos mais de 3 mil pessoas. Hoje, se fizer contagem pelo SUS, que &eacute; o n&uacute;mero que temos, passamos de 14 mil, quase 15 mil habitantes. Isso &eacute; algo que &eacute; feito pelo agente comunit&aacute;rio&quot;, apontou.&nbsp;

Jailma disse que empreendeu esfor&ccedil;os para ajudar na contagem da popula&ccedil;&atilde;o e preparou os cofres da cidade para o impacto or&ccedil;ament&aacute;rio que a redu&ccedil;&atilde;o populacional representa. &quot;Ainda bem que tomamos medidas atrav&eacute;s da UPB para que o munic&iacute;pio n&atilde;o tenha uma perda. Foram mais de 2 mil munic&iacute;pios que perderam popula&ccedil;&atilde;o. Chegamos junto, tentamos mobilizar o pessoal para que as pessoas pudessem atender o IBGE, mas muita gente n&atilde;o quis participar. Preocupada com tudo isso, estive em Bras&iacute;lia, e isso j&aacute; foi votado na C&acirc;mara, Senado e sancionado pelo Presidente, para essa perda de receita ser fracionada em 10 anos&quot;, disse.&nbsp;

Confira, abaixo, a entrevista completa:&nbsp;

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O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a> divulgou, nesta quarta-feira (28), os primeiros resultados do Censo Demogr&aacute;fico 2022, que apontou que a popula&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s chegou aos pouco mais de 203 milh&otilde;es de habitantes.

Nesse rol, a Bahia aparece como o quarto estado mais populoso do Brasil, com 14.136.417 habitantes, ficando atr&aacute;s de S&atilde;o Paulo (44.420.459 habitantes), Minas Gerais (20.538.718 habitantes) e Rio de Janeiro (16.054.524 habitantes).

Por outro lado, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/salvador">Salvador</a>, que j&aacute; ocupou o posto de terceira maior cidade do pa&iacute;s, agora est&aacute; na quinta coloca&ccedil;&atilde;o do ranking, sendo ultrapassada por Fortaleza/CE. Segundo o Censo, a capital baiana tem 2.418.005 habitantes, contra 2.428.678 habitantes da capital cearense. As tr&ecirc;s maiores cidades do Brasil s&atilde;o: S&atilde;o Paulo, com 11.451.245 habitantes; Rio de Janeiro, com 6.211.423 habitantes; e Bras&iacute;lia/DF, com 2.817.068 habitantes.

O recenseador tempor&aacute;rio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) Fernando Cunha, que encerrou, nesta sexta-feira (26), seu trabalho do Censo Demogr&aacute;fico 2022 em campo, em uma favela de Florian&oacute;polis, enfrentou dificuldades desde o in&iacute;cio da coleta de dados, em 1&ordm; de agosto do ano passado. Foram diversos as dificuldades encontradas pelos recenseadores, disse Cunha &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil.

&ldquo;Em bairros de mais alta classe, houve resist&ecirc;ncia, d&uacute;vidas se a pesquisa tinha a ver com cobran&ccedil;a de impostos. Em bairros mais pobres e favelas, a desconfian&ccedil;a era se tinha a ver com a Pol&iacute;cia Militar e com a prefeitura, para regulariza&ccedil;&atilde;o de im&oacute;veis, j&aacute; que muitos im&oacute;veis s&atilde;o irregulares.&rdquo; Segundo Cunha, tamb&eacute;m houve d&uacute;vidas quanto a golpismo, roubo de informa&ccedil;&otilde;es, de dados.

Ocorreram ainda problemas na recep&ccedil;&atilde;o aos recenseadores, com pessoas sendo grosseiras e intimidando o trabalho dos funcion&aacute;rios tempor&aacute;rios do IBGE. Isso ocorreu tanto em locais de alta classe quanto de classe m&eacute;dia e baixa. Nas favelas em que atuam traficantes de drogas, os entrevistadores precisaram de pedir refor&ccedil;o aos superiores para conseguir concluir a tarefa. &ldquo;Sofremos intimida&ccedil;&atilde;o, fomos abordado por traficantes armados, perguntando o que faz&iacute;amos naquele local e que dados pretend&iacute;amos obter. Os traficantes nos seguiram at&eacute; a entrada geral para garantir que est&aacute;vamos indo embora.&rdquo;

Cunha disse que a equipe inicial em Florian&oacute;polis tinha cerca de 560 recenseadores, mas foi se reduzindo ao longo do censo, por causa da remunera&ccedil;&atilde;o abaixo da esperada, de atrasos no pagamento e condi&ccedil;&otilde;es de trabalho inferiores &agrave;s esperadas. &ldquo;A remunera&ccedil;&atilde;o foi bem baixa para a carga de trabalho. Era uma remunera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o fixa, por produ&ccedil;&atilde;o, e ficou abaixo do esperado&rdquo;.

O efetivo caiu para a m&eacute;dia de 370 trabalhadores e, no fim do trabalho, estava em torno de 150. Cunha afirmou, entretanto, que se houver novo concurso do IBGE, vai fazer, porque pretende atuar na &aacute;rea de geografia. Em agosto, ele se muda para o Rio, onde vai cursar geografia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge">O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a>&nbsp;encerrou a coleta de dados para o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/109089,brasil-tem-2078-milhoes-de-habitantes-revela-previa-do-censo-2022">Censo Demogr&aacute;fico de 2022.</a> A informa&ccedil;&atilde;o foi divulgada pelo Minist&eacute;rio do Planejamento e Or&ccedil;amento, na manh&atilde; desta quarta-feira (1&ordm;).

A fase de coleta de dados foi encerrada na noite de ter&ccedil;a-feira (28) e o levantamento foi marcado por sucessivos atrasos. Ao todo, mais de 92% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira foi recenseada pelo IBGE, o que corresponde a 189,4 milh&otilde;es de pessoas.

&nbsp;A partir de agora, se inicia a fase de apura&ccedil;&atilde;o dos dados coletados.

Desde o Censo de 1960, o IBGE realiza revis&otilde;es t&eacute;cnicas sobre os dados coletados junto &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, com o objetivo de &nbsp;uma melhor distribui&ccedil;&atilde;o em recursos como educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de, infraestrutura e direcionar a implementa&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas.

&nbsp;Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) divulgou hoje (28), no Rio de Janeiro, a pr&eacute;via da popula&ccedil;&atilde;o dos munic&iacute;pios com base nos dados coletados pelo Censo Demogr&aacute;fico 2022 at&eacute; o dia 25 de dezembro, que mostra que o Brasil chegou a 207.750.291 de habitantes este ano.

Segundo o resultado preliminar, o Sudeste tem 87.348.223 de habitantes; o Nordeste, 55.389.382; o Sul, 30.685.598; o Norte, 17.834.762, e o Centro-Oeste, 16.492.326.

O IBGE explicou que a divulga&ccedil;&atilde;o tem como objetivo cumprir a lei que determina ao instituto fornecer, anualmente, o c&aacute;lculo da popula&ccedil;&atilde;o de cada um dos 5.570 munic&iacute;pios do pa&iacute;s para o Tribunal de Contas da Uni&atilde;o (TCU). Seguindo um modelo estat&iacute;stico, o IBGE entrega um resultado pr&eacute;vio do ano de 2022 a partir dos 83,9% da popula&ccedil;&atilde;o recenseada.

&quot;Este modelo adotado foi bastante estudado e aprovado pela Comiss&atilde;o Consultiva do Censo 2022, que olhou detalhadamente o processo desenvolvido para fornecer ao TCU e &agrave; sociedade os melhores dados t&eacute;cnicos e reais poss&iacute;veis&quot;, disse o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

De acordo com a Ag&ecirc;ncia Brasil, o&nbsp;IBGE informou que estudou propostas para cumprir as obriga&ccedil;&otilde;es legais em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; divulga&ccedil;&atilde;o das popula&ccedil;&otilde;es municipais. Ap&oacute;s an&aacute;lises, a equipe do instituto concluiu que o melhor modelo &eacute; o que utiliza os dados do Censo 2022 nas cidades onde a coleta j&aacute; havia terminado e uma combina&ccedil;&atilde;o de dados coletados e estimativas para os demais munic&iacute;pios.

&quot;A miss&atilde;o do IBGE &eacute; retratar a realidade. Com a discuss&atilde;o das propostas, escolhemos a que chega o mais pr&oacute;ximo poss&iacute;vel da realidade populacional nos domic&iacute;lios do pa&iacute;s&quot;, afirmou o coordenador t&eacute;cnico do Censo, Luciano Duarte.

As informa&ccedil;&otilde;es divulgadas foram entregues nesta quarta-feira ao TCU para fins de c&aacute;lculo de distribui&ccedil;&atilde;o do Fundo de Participa&ccedil;&atilde;o dos Munic&iacute;pios (FPM), feita de acordo com o n&uacute;mero de habitantes. A tabela com a pr&eacute;via da popula&ccedil;&atilde;o para cada munic&iacute;pio ser&aacute; publicada no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o (DOU).

A consulta as principais estat&iacute;sticas e aos indicadores do Censo da Educa&ccedil;&atilde;o Superior j&aacute; pode ser feita por meio do Painel de BI (Business Intelligence), lan&ccedil;ado nessa ter&ccedil;a-feira (27) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An&iacute;sio Teixeira (Inep). A plataforma est&aacute; dispon&iacute;vel no Portal do Inep, na internet.

De acordo com o Inep, a iniciativa visa a &ldquo;divulga&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es em transpar&ecirc;ncia ativa, conforme indicado pela Pol&iacute;tica de Dados Abertos do Poder Executivo Federal, estabelecido pelo Decreto n.&ordm; 8.777, de 11 de maio de 2016&rdquo;.&nbsp;

As informa&ccedil;&otilde;es disponibilizadas s&atilde;o apresentadas por meio de gr&aacute;ficos, tabelas e mapas. Elas podem ser acessadas por qualquer pessoa ou entidades interessadas em informa&ccedil;&otilde;es sobre a educa&ccedil;&atilde;o superior no Brasil.&nbsp;

O instituto diz ainda que, em vista o grande volume de informa&ccedil;&otilde;es sintetizadas, organizar&aacute;, para 2023, algumas a&ccedil;&otilde;es objetivando &ldquo;orientar os usu&aacute;rios da plataforma, como transmiss&otilde;es ao vivo e treinamentos de grupos espec&iacute;ficos de usu&aacute;rios&rdquo;.&nbsp;

O Inep pretende tamb&eacute;m disponibilizar um link para os usu&aacute;rios informarem problemas encontrados na plataforma ou apresentarem sugest&otilde;es de melhoria.

Balan&ccedil;o divulgado hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) aponta que mais de 178 milh&otilde;es de pessoas, o correspondente a 83% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira, j&aacute; responderam ao Censo Demogr&aacute;fico 2022. A previs&atilde;o &eacute; que a coleta dos dados termine em janeiro do ano que vem.

Segundo o IBGE, em 4.163 dos 5.570 munic&iacute;pios brasileiros, mais de 99% das pessoas j&aacute; responderam &agrave; pesquisa. Em 1.072 cidades, entre 90 e 98% dos habitantes participaram da coleta de dados. Em 226 munic&iacute;pios, entre 80 e 89% das pessoas responderam ao Censo 2022. Em 101 cidades, o percentual de respostas &eacute; de 50 a 79% da popula&ccedil;&atilde;o e, em nove munic&iacute;pios, o percentual foi at&eacute; 49% dos moradores.

O diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, informou que os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goi&aacute;s, Distrito Federal, S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amap&aacute;, Rond&ocirc;nia e Acre ainda t&ecirc;m um percentual importante de pessoas para serem recenseadas.

&ldquo;O Nordeste est&aacute; praticamente fechado, Santa Catarina est&aacute; acima de 90%, Amazonas e Tocantins est&atilde;o bem avan&ccedil;ados na coleta. Esse Censo tem tudo para ser o mais preciso que j&aacute; fizemos at&eacute; hoje, com ferramentas tecnol&oacute;gicas incr&iacute;veis&rdquo;, disse Azeredo destacando que o problema mais grave desta edi&ccedil;&atilde;o foi a falta de recenseadores.

Os moradores de domic&iacute;lios onde ningu&eacute;m respondeu &agrave; pesquisa devem ligar para o Disque-Censo 137, que passa a atender a todos os estados do pa&iacute;s a partir desta ter&ccedil;a-feira.

O servi&ccedil;o ser&aacute; disponibilizado de forma gradativa nos munic&iacute;pios, de acordo com o andamento da coleta em cada local. Para saber se o Disque-Censo est&aacute; dispon&iacute;vel no seu munic&iacute;pio, clique aqui.&nbsp;

A liga&ccedil;&atilde;o &eacute; gratuita e pode ser feita de qualquer telefone fixo ou celular todo os dias da semana, das 8h &agrave;s 21h30.

Segundo o IBGE, a etapa final de coleta de dados deve ser agilizada com o atendimento telef&ocirc;nico, que conta com 120 agentes censit&aacute;rios de pesquisa. A coleta do Censo come&ccedil;ou em agosto e a previs&atilde;o era que terminasse em outubro.

Lan&ccedil;ado em 30 de novembro no Piau&iacute; e em Sergipe, dois estados onde a coleta se encontra em est&aacute;gio final, o Disque-Censo 137 &eacute; in&eacute;dito na hist&oacute;ria dos censos demogr&aacute;ficos do IBGE. No dia 12 de dezembro, foram inclu&iacute;dos os estados de Alagoas e do Rio Grande Norte. At&eacute; o dia 23 de dezembro, o servi&ccedil;o j&aacute; tinha recebido mais de 430 chamadas.

O 137 &eacute; um telefone disponibilizado ao IBGE pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Telecomunica&ccedil;&otilde;es (Anatel) e configura um servi&ccedil;o de utilidade p&uacute;blica. As liga&ccedil;&otilde;es s&atilde;o recebidas por atendentes de uma central de atendimento espec&iacute;fica para esse servi&ccedil;o.

Os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) visitaram 90% da popula&ccedil;&atilde;o estimada em 45,3% dos munic&iacute;pios baianos (189 de 417). Em 46 cidades (11%), todo o territ&oacute;rio foi mapeado com quatro meses de coleta de dados.

De acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta ter&ccedil;a (6), 12,3 milh&otilde;es de pessoas foram registradas na Bahia, o que representa cerca de 81,8% da popula&ccedil;&atilde;o estimada.

Da popula&ccedil;&atilde;o j&aacute; recenseada na Bahia, 51,8% s&atilde;o mulheres (6,3 milh&otilde;es) e 48,2% s&atilde;o homens (5,9 milh&otilde;es). A Bahia mant&eacute;m a 4&ordf; maior popula&ccedil;&atilde;o recenseada, atr&aacute;s de S&atilde;o Paulo (33.028.816 pessoas), Minas Gerais (17.227.360) e Rio de Janeiro (13.301.093).

Em termos de ritmo de coleta, a Bahia &eacute; o 10&deg; estado com maior percentual da popula&ccedil;&atilde;o recenseada. Embora siga acima do verificado no pa&iacute;s como um todo (78,7%), perdeu uma posi&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o ao in&iacute;cio de novembro, quando era o 9&deg; estado, superado por Santa Catarina, que tem 85,6%.

Coleta em Salvador

Apesar dos altos n&uacute;meros, o IBGE acredita que mantido o ritmo atual de coleta, 34,8% dos munic&iacute;pios do estado (145 de 417), inclusive Salvador, n&atilde;o devem conseguir concluir a coleta do Censo em 2022. Nesses locais, a pesquisa seguir&aacute; em janeiro de 2023.

At&eacute; a manh&atilde; de segunda-feira (5), Salvador tinha 66,2% da popula&ccedil;&atilde;o estimada recenseada: 1.920.469 de 2.900.319 pessoas.

Em Salvador, trabalham 1.349 recenseadores, praticamente metade (51,4%) do total de vagas abertas (2.627). Na Bahia, h&aacute; 6.761 recenseadores, o que representa 54,2% das vagas iniciais (12.485).

Maior popula&ccedil;&atilde;o quilombola

No quarto m&ecirc;s de coleta do Censo 2022, a Bahia manteve a maior popula&ccedil;&atilde;o quilombola recenseada do Brasil: 355.118 pessoas. O n&uacute;mero representa um aumento de 23,4% em rela&ccedil;&atilde;o ao contado nos dois primeiros meses (287.701 pessoas).

Os quilombolas baianos continuam representando quase tr&ecirc;s em cada 10 dos recenseados em todo o pa&iacute;s: 29,4% de um total de 1.208.702 no Brasil.

A Bahia sustenta tamb&eacute;m a segunda maior popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena recenseada, dentre os estados: 191.950 pessoas. O contingente &eacute; 19,4% maior do que o recenseado entre agosto e outubro (160.796 pessoas) &eacute; menor apenas do que o registrado no Amazonas, onde foram contados, at&eacute; o momento, 474.914 ind&iacute;genas.

&Aacute;reas de favelas

De acordo com o IBGE, j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel ter uma primeira contabiliza&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o que vive em &aacute;reas de favelas e assemelhados, os aglomerados subnormais.

Com o quarto maior n&uacute;mero de habitantes do pa&iacute;s, a Bahia tem, at&eacute; o momento, o quinto maior contingente de pessoas vivendo em favelas: 1.059.838 pessoas. Isso representa 8,6% de toda a popula&ccedil;&atilde;o brasileira morando nesses locais (12.337.295 pessoas ao todo).

S&atilde;o Paulo (2.081.309 pessoas), Rio de Janeiro (1.549.232) e Amazonas (1.244.084) lideram nesse indicador.

Depois de dois meses desde que foi iniciada a coleta, o Censo Demogr&aacute;fico 2022 j&aacute; entrevistou mais de 8 milh&otilde;es de pessoas na Bahia. A&nbsp;maioria do p&uacute;blico entrevistado&nbsp;s&atilde;o mulheres (52,2% ou 4,4 milh&otilde;es).Tradicionalmente o 4&ordm; estado em popula&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, a Bahia tem, neste momento, a 4&ordf; maior popula&ccedil;&atilde;o j&aacute; recenseada no pa&iacute;s, atr&aacute;s de S&atilde;o Paulo (17,9 milh&otilde;es de pessoas), Minas Gerais (10,6 milh&otilde;es) e Rio de Janeiro (8,546 milh&otilde;es).&nbsp; 
 
No Brasil como um todo, j&aacute; foram recenseadas cerca de 104,5 milh&otilde;es de pessoas. A popula&ccedil;&atilde;o recenseada na Bahia, em dois meses, representa 57,2% do total estimado para o estado, de cerca de 14 milh&otilde;es de pessoas. O percentual de trabalho j&aacute; feito est&aacute; acima do verificado no Brasil como um todo (49,7%) e &eacute; o 9&ordm; mais elevado entre os estados do pa&iacute;s. 
&nbsp;

Desde o in&iacute;cio da opera&ccedil;&atilde;o do Censo Demogr&aacute;fico 2022, em 1&ordm; de agosto, foram recenseadas 104.445.750 pessoas, em 36.567.808 domic&iacute;lios no pa&iacute;s. Destas, 42% estavam na Regi&atilde;o Sudeste; 27% no Nordeste; 14,3% no Sul; 8,9% no Norte e 7,8% no Centro-Oeste. At&eacute; o momento, 48% da popula&ccedil;&atilde;o recenseada eram homens e 52%, mulheres.

Este &eacute; o segundo balan&ccedil;o da coleta do Censo, divulgado hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).

&ldquo;Esse total de pessoas entrevistadas corresponde a 49% da popula&ccedil;&atilde;o estimada do pa&iacute;s&rdquo;, disse o gerente t&eacute;cnico do Censo, Luciano Duarte.

Segundo o IBGE, considerando os 452.246 setores censit&aacute;rios urbanos e rurais do pa&iacute;s, 282.838 est&atilde;o sendo trabalhados (62,54% do total). O estado mais adiantado em termos de percentual de setores trabalhados &eacute; Sergipe (80,78%), seguido por Rio Grande do Norte (79,69%) e Piau&iacute; (79,06%). J&aacute; os estados de Mato Grosso (38,49%), Roraima (45,18%) e Acre (48,79%) s&atilde;o os com menor percentual de setores trabalhados.

Al&eacute;m disso, 860.358 ind&iacute;genas (0,82% da popula&ccedil;&atilde;o recenseada at&eacute; agora) e 740.923 quilombolas (0,71%) j&aacute; foram contados.

Luciano Duarte destacou ainda que cerca de 2,27% dos domic&iacute;lios se recusaram a responder, percentual que espera ser reduzido at&eacute; o final da opera&ccedil;&atilde;o, ap&oacute;s aplicados todos os protocolos de insist&ecirc;ncia.

Em rela&ccedil;&atilde;o ao tipo de question&aacute;rio, 88,2% dos domic&iacute;lios responderam ao question&aacute;rio b&aacute;sico e 11,8% ao ampliado, percentual consistente com a amostra definida pelo instituto. O tempo m&eacute;dio de preenchimento tem sido de 6 minutos para o question&aacute;rio b&aacute;sico e de 16 minutos para o question&aacute;rio ampliado.

A maior parte dos question&aacute;rios (99,5%) foi respondida de forma presencial, sendo que 81.620 domic&iacute;lios optaram por responder pela internet e 85.309 pelo telefone.

No site do Censo 2022 &eacute; poss&iacute;vel acompanhar diariamente o total da popula&ccedil;&atilde;o recenseada no pa&iacute;s e a evolu&ccedil;&atilde;o dos setores trabalhados por unidades da federa&ccedil;&atilde;o.

Novos recenseadores 
O IBGE informou que est&aacute; enfrentando dificuldades relativas &agrave; falta de pessoal para atuar como recenseador em determinados locais. Em todo o pa&iacute;s, o instituto conta com 95.448 recenseadores em a&ccedil;&atilde;o, 52,2% do total de vagas dispon&iacute;veis.

O estado com maior d&eacute;ficit de recenseadores &eacute; o Mato Grosso, com 36,8% do n&uacute;mero de vagas ocupadas. J&aacute; Sergipe est&aacute; com 68,8% dos postos ocupados. &ldquo;Estamos pensando em novas estrat&eacute;gias e alternativas de recrutamento, a fim de alavancar e melhorar a produtividade nos estados com menor percentual de popula&ccedil;&atilde;o recenseada&rdquo;, afirmou Duarte.

Os recenseadores estar&atilde;o sempre uniformizados, com o colete do IBGE, bon&eacute; do Censo, crach&aacute; de identifica&ccedil;&atilde;o e o Dispositivo M&oacute;vel de Coleta (DMC). Al&eacute;m disso, &eacute; poss&iacute;vel confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam no crach&aacute; do entrevistador, que tamb&eacute;m traz um QR code que leva &agrave; &aacute;rea de identifica&ccedil;&atilde;o no site. Para realizar a confirma&ccedil;&atilde;o, deve-se fornecer o nome, matr&iacute;cula ou CPF do recenseador.

Queixas de viol&ecirc;ncia e demora nos pagamentos levaram recenseadores do Censo 2022 a se organizarem em um movimento que foi &agrave;s ruas nessa quinta-feira (1&ordm;), em diversas capitais, para reivindicar melhores condi&ccedil;&otilde;es de trabalho. Nas redes sociais, postagens e imagens convocavam tamb&eacute;m para uma greve, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), respons&aacute;vel pelo Censo, afirma que a coleta de dados transcorre normalmente nesta sexta-feira.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Funda&ccedil;&otilde;es P&uacute;blicas Federais de Geografia e Estat&iacute;stica (Assibge) afirma que n&atilde;o participou da convoca&ccedil;&atilde;o dos atos realizados ontem, mas que se coloca &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o dos trabalhadores para ouvir as reivindica&ccedil;&otilde;es, organizar assembleias e mediar o di&aacute;logo com o IBGE.

&quot;Eles se mobilizaram e criaram um movimento nacional que &eacute; muito em rede, muito flex&iacute;vel e n&atilde;o tem uma institui&ccedil;&atilde;o que consiga falar oficialmente por ele. S&atilde;o grupos de recenseadores que, de forma descentralizada, se manifestam de forma espont&acirc;nea&quot;, disse o diretor da Executiva Nacional da Assibge, Elvis Vitoriano da Silva.

O sindicato ainda est&aacute; levantando a ades&atilde;o &agrave; paralisa&ccedil;&atilde;o, mas informa que houve manifesta&ccedil;&otilde;es ao menos em Salvador, Rio de Janeiro, S&atilde;o Paulo, Bel&eacute;m, Recife, Jo&atilde;o Pessoa e cidades do interior de S&atilde;o Paulo e do Rio Grande do Sul. Nessas manifesta&ccedil;&otilde;es, os recenseadores levantaram cartazes e faixas e pediram para levar suas reivindica&ccedil;&otilde;es ao IBGE, segundo o Assibge, que esteve nos protestos para ouvir as demandas. O instituto, por sua vez, afirma que suas superintend&ecirc;ncias estaduais receberam os recenseadores e tamb&eacute;m ouviram suas queixas.

O diretor do sindicato ressalta que grande parte das reclama&ccedil;&otilde;es que chegou &agrave; Assibge se deve ao fluxo de pagamentos. Os recenseadores recebem por produ&ccedil;&atilde;o e parte desse pagamento s&oacute; &eacute; pago ap&oacute;s as entrevistas passarem por uma supervis&atilde;o. Os relatos s&atilde;o de problemas e demora ao longo desse processo.

&quot;Tem um pouco de tudo: problemas no processamento dos pagamentos, problemas no tempo que leva para realizar o trabalho e passar pela supervis&atilde;o e tamb&eacute;m tem algum res&iacute;duo de erro de cadastro dos recenseadores&quot;.

Sobre esse ponto, o IBGE afirma que &quot;mais de 99% dos problemas de atraso no pagamento dos recenseadores j&aacute; foram sanados, desde a semana passada, e que novos procedimentos na rotina de pagamentos foram adotados, a partir desta semana, para agilizar o processo&quot;.

Outra reclama&ccedil;&atilde;o relatada pelos recenseadores &eacute; a viol&ecirc;ncia durante o trabalho em campo, segundo Elvis Vitorino da Silva. Os casos v&atilde;o desde roubos dos equipamentos usados para a coleta dos dados at&eacute; den&uacute;ncias de racismo e xingamentos.

&quot;Tem gente que se recusa a receber o recenseador ou acaba agredindo por confundir com pesquisa eleitoral&rdquo;, avalia.

O IBGE considera que os incidentes ocorridos com alguns recenseadores durante seu trabalho de coleta de dados foram pontuais. &quot;As unidades estaduais do IBGE deram assist&ecirc;ncia aos servidores envolvidos e, quando necess&aacute;rio, orienta&ccedil;&otilde;es quanto ao registro da ocorr&ecirc;ncia junto aos &oacute;rg&atilde;os de seguran&ccedil;a p&uacute;blica&quot;, afirma o instituto.

Al&eacute;m disso, o IBGE ressalta que os recenseadores e demais trabalhadores que atuam no Censo 2022 s&atilde;o servidores p&uacute;blicos federais, e crimes contra eles s&atilde;o sujeitos a investiga&ccedil;&otilde;es federais com base no artigo n&ordm; 144 da Constitui&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica Federativa do Brasil.

Em menos de um m&ecirc;s de trabalho, os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), j&aacute; visitaram cerca de 2,8 milh&otilde;es de domic&iacute;lios em toda a Bahia. O n&uacute;mero equivale a 52,6% dos 5,2 milh&otilde;es estimados para o estado.&nbsp;

Assim, a Bahia &eacute; o 5&ordm; estado com maior n&uacute;mero de domic&iacute;lios visitados. O estado do Maranh&atilde;o (54,1%), Sergipe (53,9%) e Piau&iacute; (53,6%) t&ecirc;m os maiores percentuais.

Dentre os 2,8 milh&otilde;es de domic&iacute;lios baianos visitados, cerca de 2,1 milh&otilde;es estavam ocupados com pelo menos um morador. Nestes domic&iacute;lios, foram realizadas entrevistas em 1.840.843 sendo 99,8% de forma presencial, 0,12% por telefone e 0,10% pela Internet.

No estado, o &iacute;ndice de recusa ao fim do primeiro m&ecirc;s de coleta do Censo 2022, estava em 2,03% dos domic&iacute;lios, ou seja, 44,1 mil resid&ecirc;ncias n&atilde;o quiseram responder &agrave; pesquisa. A taxa de recusa no estado estava um pouco menor do que no pa&iacute;s como um todo (2,30%) e era a 11&ordf; entre as unidades da Federa&ccedil;&atilde;o.

O estado do Rio de Janeiro (4,00%), S&atilde;o Paulo (3,40%) e Roraima (3,3%%) apresentavam as maiores recusas, enquanto Para&iacute;ba (1,10%), Piau&iacute; (1,18%) e Rio Grande do Sul (1,42%) tinham as menores.&nbsp;

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) prorrogou para 3 de agosto o fim do&nbsp;<a href="https://ftp.ibge.gov.br/edital/PSS_Censo_2022/PSS_Complementar_Censo_2022/14_2022/edital_2022_14-1o%20COMUNICADO-ALTERA%C3%87%C3%83O%20DO%20CRONOGRAMA.pdf" target="_blank">prazo de inscri&ccedil;&otilde;es</a>&nbsp;do processo seletivo complementar para recenseadores, cujo&nbsp;<a href="https://ftp.ibge.gov.br/edital/PSS_Censo_2022/PSS_Complementar_Censo_2022/14_2022/edital_2022_14-REC-Versao%20Completa.pdf" target="_blank">edital</a>&nbsp;foi divulgado ontem (28). S&atilde;o&nbsp;15.075 novas vagas&nbsp;para trabalhar no Censo 2022.

Segundo o instituto, trata-se de um processo complementar, que oferece vagas ainda n&atilde;o preenchidas em diversos munic&iacute;pios do pa&iacute;s.

A previs&atilde;o de dura&ccedil;&atilde;o do contrato &eacute; de at&eacute; tr&ecirc;s meses, podendo ser prorrogado, com base nas necessidades de conclus&atilde;o das atividades do Censo Demogr&aacute;fico 2022 e na disponibilidade de recursos or&ccedil;ament&aacute;rios. As<a href="https://www.ibge.gov.br/acesso-informacao/institucional/trabalhe-conosco.html" target="_blank">&nbsp;inscri&ccedil;&otilde;es&nbsp;</a>para o certame s&atilde;o gratuitas.&nbsp;

A jornada de trabalho recomend&aacute;vel para a fun&ccedil;&atilde;o de recenseador &eacute; de, no m&iacute;nimo, 25 horas semanais, al&eacute;m da participa&ccedil;&atilde;o integral e obrigat&oacute;ria no treinamento.

A remunera&ccedil;&atilde;o ser&aacute; por produ&ccedil;&atilde;o, calculada dependendo da regi&atilde;o&nbsp;das unidades recenseadas (domic&iacute;lios urbanos e/ou rurais), do tipo de question&aacute;rio (ampliado ou simplificado), das pessoas recenseadas e do registro no controle da coleta de dados

Censo 2022

No dia 1&ordm; de agosto, o Censo 2022 vai come&ccedil;ar. Ser&atilde;o mais de 183 mil recenseadores visitando todos os domic&iacute;lios do pa&iacute;s, que o IBGE calcula serem cerca de 75 milh&otilde;es. Al&eacute;m de saber exatamente qual o tamanho de&nbsp;popula&ccedil;&atilde;o - estimada, atualmente, em 215 milh&otilde;es de habitantes,&nbsp;o Censo vai tirar uma fotografia detalhada dos brasileiros, mostrando as principais carater&iacute;sticas socioecon&ocirc;micas: idade, sexo, cor ou ra&ccedil;a, religi&atilde;o, escolaridade, renda, exist&ecirc;ncia de saneamento b&aacute;sico dos domic&iacute;lios, entre outros dados.

Programado para ser feito&nbsp;em 2020, o Censo foi adiado por causa da pandemia de covid-19. No ano seguinte, sofreu novo adiamento, por&nbsp;falta de or&ccedil;amento. Ap&oacute;s&nbsp;determina&ccedil;&atilde;o do Supremo Tribunal Federal&nbsp;(STF), o governo federal liberou os R$ 2,3 bilh&otilde;es necess&aacute;rios para a realiza&ccedil;&atilde;o da opera&ccedil;&atilde;o censit&aacute;ria.

At&eacute; o in&iacute;cio de novembro, os recenseadores v&atilde;o visitar cada domic&iacute;lio do pa&iacute;s, incluindo aldeias ind&iacute;genas. Al&eacute;m disso, pela primeira vez, os moradores de territ&oacute;rios quilombolas ser&atilde;o contabilizados. A coleta domiciliar nas &aacute;reas ind&iacute;genas come&ccedil;a em 10 de agosto, e a dos territ&oacute;rios quilombolas, em 17 de agosto.

Os primeiros resultados do Censo 2022 est&atilde;o previstos para serem divulgados ainda no final deste ano. Outras an&aacute;lises e cruzamentos de dados ser&atilde;o divulgados ao longo de 2023 e 2024.

O diretor de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), Cimar Azeredo, afirmou hoje (27) que o or&ccedil;amento do Censo 2022 ter&aacute; que passar por recomposi&ccedil;&atilde;o. De acordo com Azeredo, o avan&ccedil;o da infla&ccedil;&atilde;o provocou impacto em insumos e equipamentos que s&atilde;o usados na realiza&ccedil;&atilde;o das entrevistas. Em 2019, o custo da pesquisa nacional foi estimado em R$ 2,3 bilh&otilde;es. Depois disso, os valores sofreram reajustes consider&aacute;veis.

Conforme adiantou, o IBGE j&aacute; sabe que, entre os gastos que v&atilde;o extrapolar os valores definidos atualmente, est&atilde;o o pre&ccedil;o da gasolina e dos alugu&eacute;is de autom&oacute;veis e aeronaves, necess&aacute;rios para o trabalho de campo. Azevedo citou o alto consumo de gasolina, o aluguel de carros e aeronaves, usadas sobretudo para sobrevoar &aacute;reas da Regi&atilde;o Norte, que tiveram aumentos muito expressivos.

&ldquo;S&atilde;o coisas que, umas a gente vai conseguir contornar e outras, n&atilde;o. E a&iacute;, n&atilde;o contornando, a gente vai ter que tentar recompor isso&rdquo;, afirmou Azevedo no primeiro dia do Semin&aacute;rio do Censo 2022 para Jornalistas, realizado pelo IBGE.

Segundo o diretor de Pesquisas do IBGE, o assunto est&aacute; encaminhado com o Minist&eacute;rio da Economia. &ldquo;J&aacute; temos uma sinaliza&ccedil;&atilde;o positiva do Minist&eacute;rio da Economia. Na &eacute;poca, o secret&aacute;rio respons&aacute;vel pelo IBGE era o Esteves [secret&aacute;rio especial do Tesouro e Or&ccedil;amento, Esteves Colnago]. E, em um semin&aacute;rio t&eacute;cnico [em dezembro de 2021] ele colocou isso para o IBGE, de que era esperado o processo de complementa&ccedil;&atilde;o do or&ccedil;amento para realiza&ccedil;&atilde;o do censo e chegou at&eacute; a afirmar que, uma vez come&ccedil;ado o censo, ele vai terminar. Isso foi muito importante.&rdquo;

Azevedo acrescentou que, em dezembro, j&aacute; se apresentava a preocupa&ccedil;&atilde;o da influ&ecirc;ncia dos aumentos em decorr&ecirc;ncia da infla&ccedil;&atilde;o no or&ccedil;amento.

Ele informou que o IBGE vai enviar ao Minist&eacute;rio da Economia a proposta de recomposi&ccedil;&atilde;o e que &ldquo;est&aacute; bastante tranquilo com isso&rdquo;, por ter recebido sinal verde do Minist&eacute;rio da Economia. O IBGE ainda n&atilde;o tem o valor necess&aacute;rio para a recomposi&ccedil;&atilde;o, porque j&aacute; foram feitos alguns ajustes na opera&ccedil;&atilde;o do censo que est&aacute; usando mais tecnologia e treinamentos que puderam ser feitos a dist&acirc;ncia, o que reduziu custos, acrescentou.

Em resposta &agrave;&nbsp;Ag&ecirc;ncia Brasil, o Minist&eacute;rio da Economia informou que a Secretaria de Or&ccedil;amento Federal s&oacute; se manifesta sobre &ldquo;cr&eacute;ditos or&ccedil;ament&aacute;rios cuja proposta j&aacute; esteja formalizada e seus efeitos tornados p&uacute;blicos&rdquo;.

Sele&ccedil;&atilde;o

Cimar Azeredo admitiu que o atraso para a realiza&ccedil;&atilde;o do censo em 2020 e em 2021, com consequente o adiamento de dois concursos consecutivos, provocou problemas na contrata&ccedil;&atilde;o de recenseadores e causou des&acirc;nimo e descr&eacute;dito entre os interessados em participar do trabalho, pois teriam que pagar de novo a taxa de inscri&ccedil;&atilde;o.

Segundo ele, o concurso para o Censo 2022 n&atilde;o teve a procura esperada, e foi necess&aacute;rio abrir processo seletivo complementar feito por entrega de curr&iacute;culos. &ldquo;Dentro da estrutura hier&aacute;rquica [do censo] tem o processo de contrata&ccedil;&atilde;o acontecendo, mas nada ainda que esteja em ponto cr&iacute;tico. Tem problemas em alguns lugares, em outros, a situa&ccedil;&atilde;o est&aacute; praticamente resolvida. Tem apoio da imprensa local muito bom, e a situa&ccedil;&atilde;o est&aacute; se resolvendo. A gente acredita que estar&aacute; com os recenseadores todos contratados, os 180 mil que a gente vai precisar durante o censo&rdquo;, afirmou.

O treinamento dos recenseadores ser&aacute; feito no per&iacute;odo de 18 a 22 de julho &ndash; mas o edital de convoca&ccedil;&atilde;o sair&aacute; no dia 11. Os recenseadores ser&atilde;o contratados depois do per&iacute;odo de treinamento. &ldquo;Eles s&atilde;o convocados, recebem uma ajuda de custo durante o treinamento e, quando termina, fazem uma prova que &eacute; a que certifica e qualifica o recenseador para fazer o trabalho&rdquo;, explicou.

Depois disso, o candidato entra no processo de receber o setor em que vai atuar durante o censo. &ldquo;Tem a&iacute; um processo de forma&ccedil;&atilde;o e de ajuste para saber se, embora n&atilde;o tenha feito o concurso, a pessoa tenha sido chamada pelo curr&iacute;culo dela. Existe um teste para ser contratado&rdquo;, finalizou.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) informou hoje (27) que s&oacute; comentar&aacute; a suspens&atilde;o da liminar que o obrigava a incluir perguntas sobre orienta&ccedil;&atilde;o sexual e identidade de g&ecirc;nero no Censo 2022 ap&oacute;s a Advocacia-Geral da Uni&atilde;o (AGU) ser intimado e ter examinado a decis&atilde;o do presidente do Tribunal Regional Federal da 1&ordf; Regi&atilde;o (TRF1) da Justi&ccedil;a Federal do Acre, desembargador federal Jos&eacute; Amilcar Machado. A decis&atilde;o foi tomada na sexta-feira (17) e divulgada hoje pelo IBGE.

A inclus&atilde;o de perguntas sobre o tema no Censo 2022 tinha sido determinada em liminar do juiz federal Herley da Luz Brasil, da Justi&ccedil;a Federal do Acre no dia 3 de junho e, embora fosse local, poderia ser aplicada em todo o pa&iacute;s. A liminar atendeu a uma a&ccedil;&atilde;o civil p&uacute;blica do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal do Acre.

&ldquo;O IBGE s&oacute; vai se manifestar sobre a suspens&atilde;o da liminar da Justi&ccedil;a Federal do Acre, pelo TRF1, depois que a AGU tiver sido intimada e examinado a decis&atilde;o&rdquo;, diz o instituto.

Na decis&atilde;o, o desembargador destacou justificativas apresentadas pelo IBGE para n&atilde;o incluir perguntas sobre orienta&ccedil;&atilde;o sexual e identidade de g&ecirc;nero nos question&aacute;rios deste ano. Segundo Jos&eacute; Amilcar, o IBGE aponta impacto financeiro importante, especialmente se for necess&aacute;ria alguma mudan&ccedil;a metodol&oacute;gica e se as perguntas precisarem ser respondidas individualmente, o que exigiria a coleta de informa&ccedil;&otilde;es com a pr&oacute;pria pessoa e poderia levar &agrave; necessidade de novas visitas, correndo o risco de inviabilizar a opera&ccedil;&atilde;o censit&aacute;ria.

&ldquo;Essas mudan&ccedil;as podem diminuir significativamente a produtividade do recenseador e elevar o tempo de coleta como um todo, aumentando o gasto com mensalistas, alugu&eacute;is, dentre outros&rdquo;, afirma Jos&eacute; Amilcar Machado. Ele destaca ainda a avalia&ccedil;&atilde;o do IBGE de que, dependendo dos resultados dos testes, pode ser necess&aacute;rio fazer perguntas de campo aberto, &ldquo;o que aumenta, ainda mais, a expectativa de tempo de preenchimento e custo dos question&aacute;rios&rdquo;.

Quanto a outros servi&ccedil;os, o IBGE diz que pode haver impacto em outras publica&ccedil;&otilde;es de resultados previstas no censo e em pesquisas amostrais domiciliares, que t&ecirc;m a coleta ajustada ao calend&aacute;rio instituto, al&eacute;m de preju&iacute;zo na renova&ccedil;&atilde;o da amostra mestra, que serve de base para a sele&ccedil;&atilde;o das unidades para as pesquisas amostrais domiciliares do instituto.

&ldquo;Impacto em toda a infraestrutura de coleta, pois n&atilde;o h&aacute; garantia de manuten&ccedil;&atilde;o dos postos de coleta at&eacute; a realiza&ccedil;&atilde;o do censo; c&aacute;lculos e justificativa sobre a perda or&ccedil;ament&aacute;ria, ainda n&atilde;o quantificada, mas de expressiva monta, desobedi&ecirc;ncia ao Supremo Tribunal Federal que determinou a realiza&ccedil;&atilde;o do Censo Demogr&aacute;fico em 2022&rdquo;, completa Jos&eacute; Amilcar Machado, citando as justificativas do IBGE.

De acordo com o magistrado, foi demonstrada a impossibilidade de implementa&ccedil;&atilde;o na data prevista &ndash; 1&ordm; de agosto &ndash; dos campos &ldquo;orienta&ccedil;&atilde;o sexual&rdquo; e &ldquo;identidade de g&ecirc;nero&rdquo; nos question&aacute;rios b&aacute;sico e amostral do Censo 2022, o que ensejaria a necessidade de adiamento. Para ele, haveria ainda impacto na contrata&ccedil;&atilde;o de 25 mil servidores tempor&aacute;rios e de&nbsp;mais 183 mil recenseadores j&aacute; selecionados.

Apesar disso, Machado ressalta que sua decis&atilde;o foi baseada em aspectos gerenciais e temporais, uma vez que falta pouco tempo para o in&iacute;cio do censo e que, se este n&atilde;o fosse realizado, acarretaria mais males do que benef&iacute;cios &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. Ainda assim, ele afirma que nada impede que os questionamentos sejam feitos nos pr&oacute;ximos censos.

Na decis&atilde;o, Machado observa tamb&eacute;m que os argumentos apresentados pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Acre sobre a necessidade de delimita&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o LGBTQIA+ para formula&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas est&atilde;o sendo consideradas pelo IBGE e que, embora haja muito a acrescentar, a an&aacute;lise &ldquo;que possibilitar&aacute; ampliar as garantias e prote&ccedil;&atilde;o dessa parte da sociedade brasileira est&aacute; evoluindo e merecem total respaldo&rdquo;.

O magistrado ressalta que n&atilde;o se questiona a necessidade de buscar tais informa&ccedil;&otilde;es. &ldquo;O cuidado e o esfor&ccedil;o dos governantes devem ser amplos e considerar todo cidad&atilde;o, buscando o atendimento dos seus direitos e a prote&ccedil;&atilde;o das suas garantias, o que demanda pol&iacute;tica p&uacute;blica pr&oacute;pria, devida a essa minoria, sem discrimina&ccedil;&atilde;o alguma.&rdquo;

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