Itinerário do ônibus Lapa-Cosme de Farias deixa moradores do Engenho Velho de Brotas na bronca

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Vinícius Ribeiro

Salvador

25 de janeiro de 2024 às 11h23

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Foto: Paulinho FP - Portal Salvador FM

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Usuários do transporte público do Engenho Velho de Brotas, em Salvador, estão na bronca com o itinerário da linha Lapa-Cosme de Farias (0530). Conforme a reclamação, os condutores dos ônibus da Integra Plataforma estão se negando a ir até o final de linha do bairro, o que obriga os passageiros a realizarem o trajeto a pé.

Moradores da região contaram a série Força do Povo, do Portal Salvador FM, que os rodoviários alegam receber ordens para não entrar no Engenho Velho. "Os motoristas dos ônibus da Lapa para Cosme de Farias não querem entrar, só querem entrar quando eles acham que devem entrar, dizendo que seguem ordens e que não vão discutir com a gente. Alguns mandam pegar Uber, outros dizem que não vão entrar e acabou. Sendo que qualquer ônibus do CAB entra e sai aqui todos os horários", relatou a moradora Carla Rejane à reportagem.

A usuária do serviço conta que a situação vem ocorrendo há cerca de seis meses. "Eu não moro no final de linha, eu moro no começo do Engenho Velho de Brotas, mas tem pessoas que moram no final de linha. São muitos moradores, inclusive crianças, idosos e pessoas com deficiência, que têm que saltar para ir andando", afirmou.

O Portal Salvador FM solicitou, na quarta-feira (24), esclarecimento sobre a reclamação popular para a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), mas ainda não obteve resposta.

Outra moradora que utiliza o transporte público na região diariamente e reclama é Sandra Vieira. "Outro dia o ônibus estava cheio e ele levantou para dar o discurso dele. Que teria que retornar porque ele recebe ordem da Lapa, e que eles têm GPS monitorando. Levantei e disse que o ônibus verde (OTTrans), o Sussuarana, desce sem problema nenhum, é só a Integra amarela. E os motoristas são desrespeitosos, arrogantes e prepotentes com a gente", reclamou Sandra.

Obras e Naspec

Obras realizadas na região estariam contribuindo para o problema, conforme apontou o morador José Carlos. "Depois que começou a obra de requalificação aqui está um absurdo", observou.

Para outro José, o Oliveira, o itinerário incompleto dos ônibus ainda atrapalha quem precisa recorrer a serviços oferecidos no bairro: "Só esse 'amarelinho' que está difícil. Inclusive no fim de linha tem a Naspec [Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer], além de pessoas com outras necessidades. Tem a Delegacia da Mulher, pessoas que não conhecem aqui, eles deveriam levar até lá embaixo e não levam. Param no parque".

Nilza Carriço também critica o comportamento dos rodoviários da linha. "É um desrespeito muito grande. Eles são mal educados, são muito grossos. Eu digo: 'não é assim não, meu amigo. Eu não estou lhe pedindo o favor, não. Eu estou pagando o transporte. Eu não peço carona a motorista para estar passando por essa situação'. E dia de segunda-feira a situação aqui é pior, porque tem movimentação na Naspec. E eles não vêm. Eles alegam que a ordem é não entrar aqui", pontuou.

Os entrevistados concordam com as obras, por ser benéfico para a comunidade, mas lamentam o impacto causado para a mobilidade de uma das linhas mais importantes para os moradores.  

*Com informações no local do repórter Paulinho FP

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