O kit NAT Plus, desenvolvido e produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiol&oacute;gicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), cuja implanta&ccedil;&atilde;o foi iniciada em novembro de 2022, detectou no hemocentro do Rio de Janeiro, nesta semana, uma bolsa de sangue infectada com mal&aacute;ria.

Desde dezembro de 2022, quando o produto come&ccedil;ou a ser implantado na hemorrede brasileira, j&aacute; foram encontradas 12 bolsas de sangue infectadas pelo pat&oacute;geno, sendo 6 delas na Regi&atilde;o Norte, 2 no Nordeste e 4 no Sudeste, todas do Rio de Janeiro, &aacute;rea considerada n&atilde;o end&ecirc;mica. Como cada bolsa pode alcan&ccedil;ar at&eacute; 4 pessoas, a descoberta pode ter impedido que 48 receptores de sangue tenham sido infectados.

O kit NAT Plus, que j&aacute; testou mais de 500 mil bolsas de sangue desde a implanta&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m detecta HIV, hepatite B e hepatite C, o que, segundo a Fiocruz, traz mais seguran&ccedil;a &agrave;s transfus&otilde;es de sangue e permite a redu&ccedil;&atilde;o de 12 meses para 1 m&ecirc;s do per&iacute;odo de impedimento &agrave; doa&ccedil;&atilde;o de sangue de pessoas que estiveram em &aacute;reas end&ecirc;micas para mal&aacute;ria. Al&eacute;m disso, o uso tamb&eacute;m &eacute; indicado para amostras de doadores de &oacute;rg&atilde;os ou doadores falecidos em parada cardiorrespirat&oacute;ria, ampliando a prote&ccedil;&atilde;o em transplantes.

O diferencial do produto, em rela&ccedil;&atilde;o a kits da rede privada, &eacute; que somente ele tem sensibilidade ao alvo mal&aacute;ria, o que, segundo a especialista cient&iacute;fica em Diagn&oacute;stico Molecular de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patricia Alvarez, &eacute; muito importante, sobretudo porque os casos encontrados no Rio de Janeiro eram assintom&aacute;ticos.

&ldquo;O ganho &eacute; maior, pois n&atilde;o se tem implementado os testes para mal&aacute;ria em &aacute;reas n&atilde;o end&ecirc;micas, ent&atilde;o muitas vezes a doen&ccedil;a est&aacute; naquela regi&atilde;o sem que se saiba de sua circula&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse, em nota.

Ela explica que fora das regi&otilde;es consideradas end&ecirc;micas, por n&atilde;o haver a testagem de rotina, o doador de sangue pode ser considerado apto, mesmo infectado. &ldquo;&Agrave;s vezes acontece de se ter uma infec&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o &eacute; detectada por teste da gota espessa, TR ou anamnese, e o diagn&oacute;stico molecular vem somar a todas essas a&ccedil;&otilde;es para que o receptor tenha a seguran&ccedil;a necess&aacute;ria&rdquo;, afirmou a pesquisadora.&nbsp;

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, destacou que, com a detec&ccedil;&atilde;o do alvo mal&aacute;ria, o kit NAT Plus ofertado pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de &eacute; o mais completo e seguro que pode ser encontrado no mercado atualmente. &ldquo;Estamos trazendo mais uma inova&ccedil;&atilde;o para o SUS. O NAT Plus est&aacute; acompanhando as novas tend&ecirc;ncias no diagn&oacute;stico molecular e trazendo para os bancos de sangue uma tecnologia de ponta que aumenta a seguran&ccedil;a transfusional. Al&eacute;m disso, a tecnologia utilizada no kit NAT Plus ainda abre a possibilidade de incorpora&ccedil;&atilde;o de novos alvos no futuro, de acordo com a demanda do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de&rdquo;, explicou.&nbsp;

O kit NAT&nbsp;

A primeira gera&ccedil;&atilde;o do kit NAT brasileiro &eacute; oferecida desde 2011, detectando HIV, hepatite B e hepatite C. A implanta&ccedil;&atilde;o do NAT Plus est&aacute; prevista ser conclu&iacute;da at&eacute; 2024, com a disponibiliza&ccedil;&atilde;o do kit e da plataforma de equipamentos nos 14 hemocentros p&uacute;blicos do Brasil.

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), assinou memorando de entendimento com a Universidade Agostinho Neto (UAN), de Luanda, Angola, visando futuras parcerias em ensino e pesquisa entre as institui&ccedil;&otilde;es.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1541648&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1541648&amp;o=node" />&nbsp;As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da Ag&ecirc;ncia Brasil.&nbsp;

Na avalia&ccedil;&atilde;o da Fiocruz, a parceria representa mais um passo na busca pelo estreitamento de la&ccedil;os com institui&ccedil;&otilde;es africanas. O objetivo &eacute; a colabora&ccedil;&atilde;o m&uacute;tua nas &aacute;reas de doen&ccedil;as tropicais negligenciadas, com destaque para mal&aacute;ria e tuberculose; doen&ccedil;as transmiss&iacute;veis; arboviroses; resist&ecirc;ncia antimicrobiana (AMR); HIV; clima e sa&uacute;de; sa&uacute;de materna, infantil e reprodutiva; entre outras. O memorando de entendimento tem dura&ccedil;&atilde;o de cinco anos.

A coordenadora da Coopera&ccedil;&atilde;o Institucional do IOC, Anna Cristina Cal&ccedil;ada Carvalho, destacou que a pol&iacute;tica de coopera&ccedil;&atilde;o institucional visa refor&ccedil;ar as parcerias t&eacute;cnico-cient&iacute;ficas com pa&iacute;ses do hemisf&eacute;rio sul, sobretudo os de l&iacute;ngua portuguesa. &ldquo;O foco do IOC est&aacute; em contribuir para a forma&ccedil;&atilde;o de recursos humanos nesses lugares. N&oacute;s podemos ajud&aacute;-los a enfrentar problemas de sa&uacute;de p&uacute;blica ligados, especialmente, a doen&ccedil;as transmiss&iacute;veis&rdquo;, disse Anna Cristina, em nota.

Lembrou, ainda, que todos os Programas de P&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o&nbsp;Stricto sensu&nbsp;do Instituto est&atilde;o envolvidos na parceria. &ldquo;A Fiocruz e o IOC t&ecirc;m longa hist&oacute;ria de colabora&ccedil;&atilde;o com Angola e Mo&ccedil;ambique. Em acordos anteriores firmados para a forma&ccedil;&atilde;o de recursos humanos, mais de cinquenta pessoas foram tituladas mestres ou doutores&rdquo;, comentou.

O pr&oacute;ximo passo ser&aacute; elaborar, junto &agrave; UAN, um plano de trabalho para dar seguimento &agrave; parceria. Uma reuni&atilde;o j&aacute; est&aacute; agendada para agosto com representantes da universidade angolana para tratar do assunto.

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O Boletim InfoGripe da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra um crescimento do n&uacute;mero de casos de s&iacute;ndrome respirat&oacute;ria aguda grave (SRAG) em 16 estados, nas &uacute;ltimas seis semanas. Os dados divulgados nesta sexta-feira (3) se referem &agrave; semana de 19 a 25 de fevereiro (semana epidemiol&oacute;gica 8).

Em S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro e Cear&aacute;, o crescimento nas popula&ccedil;&otilde;es adulta e idosa est&atilde;o associados &agrave; <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/112551,bahia-registra-908-casos-de-covid-19-e-seis-obitos" target="_blank">covid-19</a>. No Amazonas, os casos de SRAG tamb&eacute;m est&atilde;o associados ao novo coronav&iacute;rus (SARS-CoV-2).

Os outros 12 estados com aumento nos casos de SRAG s&atilde;o Alagoas, Amap&aacute;, Bahia, Distrito Federal, Goi&aacute;s, Maranh&atilde;o, Mato Grosso do Sul, Par&aacute;, Piau&iacute;, Paran&aacute;, Roraima e Santa Catarina.

H&aacute; crescimento de SRAG em crian&ccedil;as e adolescentes nesses estados, mas os dados laboratoriais inseridos no sistema n&atilde;o permitem ainda identificar se esses casos s&atilde;o associados &agrave; covid-19.

Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, esses dados refor&ccedil;am a necessidade de ades&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o &agrave; campanha de vacina&ccedil;&atilde;o contra a covid-19. Nos grupos priorit&aacute;rios, ele explica, a vacina pode evitar casos graves, interna&ccedil;&otilde;es e &oacute;bitos.

As mortes causadas pela pandemia de covid-19 deixaram 40.830 crian&ccedil;as e adolescentes &oacute;rf&atilde;os de m&atilde;e no Brasil, segundo&nbsp;estudo publicado por pesquisadores da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para os autores da pesquisa, divulgada&nbsp;hoje&nbsp;(26) pela Fiocruz, houve atraso na ado&ccedil;&atilde;o de medidas necess&aacute;rias para o controle da doen&ccedil;a, e isso provocou grande n&uacute;mero de mortes evit&aacute;veis.

Os resultados obtidos pelos pesquisadores podem ser consultados em&nbsp;artigo&nbsp;publicado&nbsp;em ingl&ecirc;s, em&nbsp;19 de dezembro. As fontes de dados utilizadas foram o Sistema de Informa&ccedil;&otilde;es sobre Mortalidade (SIM), em 2020 e 2021, e o Sistema de Informa&ccedil;&otilde;es sobre Nascidos Vivos (Sinasc) entre 2003 e 2020.

Coordenador do Observat&oacute;rio de Sa&uacute;de na Inf&acirc;ncia, iniciativa da Fiocruz com a Faculdade de Medicina de Petr&oacute;polis do Centro Arthur de S&aacute; Earp Neto (Unifase), Cristiano Boccolini alerta que essas crian&ccedil;as e adolescentes necessitam, com urg&ecirc;ncia, da ado&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas intersetoriais de prote&ccedil;&atilde;o.

&quot;Considerando a crise sanit&aacute;ria e econ&ocirc;mica instalada no pa&iacute;s, com a volta da fome, o aumento da inseguran&ccedil;a alimentar, o crescimento do desemprego, a intensifica&ccedil;&atilde;o da precariza&ccedil;&atilde;o do trabalho e a crescente fila para o ingresso nos programas sociais, &eacute; urgente a mobiliza&ccedil;&atilde;o da sociedade para prote&ccedil;&atilde;o da inf&acirc;ncia, com aten&ccedil;&atilde;o priorit&aacute;ria a este grupo de 40.830 crian&ccedil;as e adolescentes que perderam suas m&atilde;es em decorr&ecirc;ncia da covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia&quot;, afirma o pesquisador, que &eacute; um dos autores da pesquisa.

A morte de um dos pais, e em particular da m&atilde;e, est&aacute; ligada a desfechos adversos ao longo da vida e tem graves consequ&ecirc;ncias para o bem-estar da fam&iacute;lia, acrescenta a pesquisadora do Laborat&oacute;rio de Informa&ccedil;&atilde;o e Sa&uacute;de do Instituto de Comunica&ccedil;&atilde;o e Informa&ccedil;&atilde;o Cient&iacute;fica e Tecnol&oacute;gica em Sa&uacute;de (Icict/Fiocruz), Celia Landmann Szwarcwald.&nbsp;

&quot;As crian&ccedil;as &oacute;rf&atilde;s s&atilde;o mais vulner&aacute;veis a problemas emocionais e comportamentais, o que exige programas de interven&ccedil;&atilde;o para atenuar as consequ&ecirc;ncias psicol&oacute;gicas da orfandade.&quot;

O dado sobre &oacute;rf&atilde;os &eacute; uma parte da an&aacute;lise dos pesquisadores sobre a mortalidade causada pela pandemia de covid-19 em toda a popula&ccedil;&atilde;o. Outro ponto destacado pelo estudo &eacute; que a covid-19 foi respons&aacute;vel por mais que um&nbsp;ter&ccedil;o de todas as mortes de mulheres relacionadas a complica&ccedil;&otilde;es no parto.

Os pesquisadores&nbsp;calculam que, em 2020 e 2021, a covid-19 foi respons&aacute;vel por quase um quinto (19%) de todas as mortes registradas no Brasil. Durante o pico da pandemia, em mar&ccedil;o de 2021, o pa&iacute;s chegou a contabilizar quase 4 mil &oacute;bitos pela doen&ccedil;a por dia, n&uacute;mero que supera a m&eacute;dia di&aacute;ria de mortes por todas as causas em 2019, que foi de 3,7 mil.

Desigualdades

O estudo indica ainda que a mortalidade entre analfabetos chegou a ser de 38,8 mortes a cada 10 mil pessoas, enquanto a m&eacute;dia da popula&ccedil;&atilde;o brasileira foi de 14,8 mortes para cada 10 mil pessoas.

Para estimar o impacto da escolaridade na mortalidade por covid-19, os pesquisadores utilizaram dados de &oacute;bitos pela doen&ccedil;a e a distribui&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o brasileira por n&iacute;vel de escolaridade da Pesquisa Nacional de Sa&uacute;de. Os resultados mostram que entre adultos analfabetos a mortalidade por covid-19 foi tr&ecirc;s vezes maior que entre aqueles que conclu&iacute;ram o ensino superior.

A pesquisadora da Fiocruz Wanessa da Silva de Almeida lembra que a escolaridade e outras caracter&iacute;sticas socioecon&ocirc;micas afetam o progn&oacute;stico da covid-19 e outras doen&ccedil;as. &quot;A desigualdade socioecon&ocirc;mica acarreta iniquidades no acesso aos servi&ccedil;os de sa&uacute;de e, consequentemente, dificuldades no diagn&oacute;stico oportuno e no tratamento dos casos.&quot;

Os autores do estudo destacam que o maior peso da mortalidade nos indiv&iacute;duos de menor escolaridade reflete o impacto desigual da epidemia nas fam&iacute;lias brasileiras socialmente desfavorecidas, sendo ainda maior entre as crian&ccedil;as e adolescentes que se tornaram &oacute;rf&atilde;s e perderam um dos provedores do sustento da fam&iacute;lia.&nbsp;

A incid&ecirc;ncia de casos de S&iacute;ndrome Respirat&oacute;ria Aguda Grave (SRAG) associada &agrave; covid-19 mant&eacute;m uma tend&ecirc;ncia de alta em todas as regi&otilde;es do pa&iacute;s, segundo o Boletim InfoGripe, divulgado hoje (29) pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O&nbsp;estudo informa que o crescimento das hospitaliza&ccedil;&otilde;es est&aacute; presente em 20 das 27 unidades da federa&ccedil;&atilde;o e se concentra especialmente na popula&ccedil;&atilde;o adulta e nas faixas et&aacute;rias acima de 60 anos.

Os dados epidemiol&oacute;gicos analisados pelos pesquisadores compreendem de 20 a 26 de novembro e apontam que a covid-19 causou 71,3% dos casos virais de interna&ccedil;&atilde;o por s&iacute;ndromes respirat&oacute;rias graves.

A an&aacute;lise das &uacute;ltimas seis semanas mostra que os estados que n&atilde;o apresentam alta nas interna&ccedil;&otilde;es est&atilde;o em situa&ccedil;&atilde;o de estabilidade. S&atilde;o eles: Acre, Amazonas, Amap&aacute;, Esp&iacute;rito Santo, Mato Grosso, Rond&ocirc;nia e Tocantins. Nas demais unidades da federa&ccedil;&atilde;o, a tend&ecirc;ncia &eacute; de alta.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda que a popula&ccedil;&atilde;o se proteja da exposi&ccedil;&atilde;o ao v&iacute;rus SARS-CoV-2 com a utiliza&ccedil;&atilde;o de m&aacute;scaras adequadas em locais como transporte p&uacute;blico, locais fechados ou mal ventilados, aglomera&ccedil;&otilde;es, e nas unidades de sa&uacute;de. Ele orienta a preferir m&aacute;scaras do tipo N95 ou PFF2, que s&atilde;o mais eficazes no bloqueio do v&iacute;rus.

&quot;&Eacute; extremamente importante ter esse cuidado para termos um final de ano com menor impacto poss&iacute;vel, dado esse cen&aacute;rio epidemiol&oacute;gico que est&aacute; muito claro em todo pa&iacute;s&rdquo;, explica o pesquisador da Fiocruz.

Enquanto a covid-19 avan&ccedil;a entre a popula&ccedil;&atilde;o adulta, o boletim indica uma retomada do crescimento dos casos associados ao V&iacute;rus Sincicial Respirat&oacute;rio (VSR) em crian&ccedil;as pequenas nos tr&ecirc;s estados da Regi&atilde;o Sul. O VSR tamb&eacute;m mant&eacute;m presen&ccedil;a expressiva nas crian&ccedil;as de 0 a 4 anos do estado de S&atilde;o Paulo.

O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de informou n&atilde;o reconhecer dados sobre hospitaliza&ccedil;&otilde;es por desnutri&ccedil;&atilde;o no Brasil divulgados&nbsp;ontem&nbsp;(27) pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Observat&oacute;rio de Sa&uacute;de da Inf&acirc;ncia. A pesquisa aponta que, em 2021, as interna&ccedil;&otilde;es de beb&ecirc;s com menos de um ano chegaram ao maior n&iacute;vel em 13 anos.

De acordo com a Fiocruz,&nbsp;os pesquisadores se basearam em dados do Sistema de Informa&ccedil;&otilde;es Hospitalares, que apontam 2.979 hospitaliza&ccedil;&otilde;es em crian&ccedil;as menores de um ano ao longo de 2021, o que equivale a oito hospitaliza&ccedil;&otilde;es por dia. 
 
&ldquo;&Eacute; importante esclarecer que as informa&ccedil;&otilde;es utilizadas n&atilde;o cont&ecirc;m qualquer respaldo oficial ou cient&iacute;fico e est&atilde;o em desacordo com as informa&ccedil;&otilde;es enviadas ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de pelos entes federativos&rdquo;, destacou o minist&eacute;rio, por meio de nota. 
 
&ldquo;Ao contr&aacute;rio do que est&aacute; sendo falado por alguns ve&iacute;culos de comunica&ccedil;&atilde;o, dados oficiais do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de apontam queda na mortalidade infantil de cerca de 70%, se comparado ao per&iacute;odo de 2008 a 2021&rdquo;, acrescentou a pasta. &nbsp;

Queda em interna&ccedil;&otilde;es

Segundo o comunicado, de 2008 a 2021 houve um decl&iacute;nio de 15% no registro em interna&ccedil;&otilde;es a cada 100 mil nascidos. De 2010 a 2021, o minist&eacute;rio diz&nbsp;ter&nbsp;identificado redu&ccedil;&atilde;o de 9% em interna&ccedil;&otilde;es hospitalares provocadas por desnutri&ccedil;&atilde;o de zero a um ano de idade. &ldquo;A melhoria deste indicador &eacute; observada ainda quando comparada a evolu&ccedil;&atilde;o de 2010 a 2021 quando o Brasil registrou diminui&ccedil;&atilde;o de 2% nas interna&ccedil;&otilde;es&rdquo;. 
 
&ldquo;O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de refor&ccedil;a que in&uacute;meras iniciativas s&atilde;o desenvolvidas pela pasta, como acompanhamento nutricional de crian&ccedil;as e gestantes, repasses de recursos financeiros para fortalecer a&ccedil;&otilde;es relacionadas ao incentivo do aleitamento materno, alimenta&ccedil;&atilde;o e nutri&ccedil;&atilde;o infantil nos estados e munic&iacute;pios, programas de suplementa&ccedil;&atilde;o de micronutrientes para fam&iacute;lias de baixa renda.&rdquo;

O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de ampliou a testagem de var&iacute;ola dos macacos (monkeypox)&nbsp;para todos os laborat&oacute;rios centrais de Sa&uacute;de P&uacute;blica (Lacens) do Brasil. Os kits para os diagn&oacute;sticos, produzidos pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram entregues na semana passada. Antes da amplia&ccedil;&atilde;o, os exames j&aacute; eram realizados em 15 laborat&oacute;rios designados pelo governo federal.

Agora, os testes poder&atilde;o ser feitos em 31 laborat&oacute;rios de refer&ecirc;ncia, sendo os 27 Lacens dos estados, al&eacute;m dos laborat&oacute;rios da Universidade Federal do Rio&nbsp;de Janeiro&nbsp;(UFRJ), da Fiocruz no Rio&nbsp;de Janeiro, da Fiocruz no Amazonas e do Instituto Evandro Chagas, sediado em Bel&eacute;m (PA).

O teste molecular para diagn&oacute;stico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita da doen&ccedil;a.

No in&iacute;cio&nbsp;de setembro, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de incluiu a var&iacute;ola dos macacos na Lista Nacional de Notifica&ccedil;&atilde;o Compuls&oacute;ria de doen&ccedil;as, agravos e eventos de sa&uacute;de p&uacute;blica nos servi&ccedil;os de sa&uacute;de p&uacute;blicos e privados em todo o Brasil. Ou seja, todos os resultados de testes diagn&oacute;sticos para detec&ccedil;&atilde;o da monkeypox feitos por laborat&oacute;rios das redes p&uacute;blica, privada, universit&aacute;rias e quaisquer outros, sejam positivos, negativos ou inconclusivos, precisam ser notificados ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de de forma imediata, em at&eacute; 24 horas.

A pasta informou que o teste &eacute; capaz de detectar o material gen&eacute;tico do v&iacute;rus na amostra colhida de cada indiv&iacute;duo. Para isso, ela deve ser coletada, preferencialmente, a partir da secre&ccedil;&atilde;o das les&otilde;es purulentas. Quando estas j&aacute; est&atilde;o secas, as crostas podem ser retiradas e encaminhadas ao laborat&oacute;rio.

Para quem testou positivo, a conduta recomendada &eacute; a manuten&ccedil;&atilde;o do isolamento at&eacute; desaparecimento das crostas e a completa cicatriza&ccedil;&atilde;o da pele, sem a necessidade de um novo teste. Para os pacientes graves, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de disponibiliza 12 tratamentos e segue em tratativas para aquisi&ccedil;&otilde;es de outros antivirais.

No in&iacute;cio deste m&ecirc;s, o Brasil recebeu as primeiras 9,8 mil doses de imunizantes contra a doen&ccedil;a. As vacinas Jynneos/Imvanex foram adquiridas pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de por meio do fundo rotat&oacute;rio da Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana da Sa&uacute;de (OPAS) para a realiza&ccedil;&atilde;o de estudos de efetividade. O quantitativo total que ser&aacute; adquirido pela pasta &eacute; de 49 mil doses que ser&atilde;o recebidas em mais duas remessas.

Os sintomas mais comuns da var&iacute;ola dos macacos s&atilde;o erup&ccedil;&atilde;o cut&acirc;nea ou les&otilde;es espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, tamb&eacute;m conhecidos como &iacute;nguas; dor de cabe&ccedil;a; calafrios e fraqueza.

Os casos de s&iacute;ndrome respirat&oacute;ria aguda grave (SRAG) no Brasil tiveram crescimento moderado nas &uacute;ltimas tr&ecirc;s semanas, revela o Boletim InfoGripe divulgado hoje (13) pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo o boletim, o crescimento recente concentra-se fundamentalmente no p&uacute;blico infantil, na faixa at&eacute; 11 anos. Na popula&ccedil;&atilde;o adulta, observa-se sinal de queda ou estabilidade no cen&aacute;rio nacional em praticamente todas as faixas et&aacute;rias.&nbsp;

De acordo com o estudo, o aumento deve-se &agrave; maior circula&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus&nbsp;Influenza&nbsp;ou a intercorr&ecirc;ncias respirat&oacute;rias em fun&ccedil;&atilde;o do in&iacute;cio da primavera. At&eacute; o momento, n&atilde;o se observa, por&eacute;m, associa&ccedil;&atilde;o com a covid-19. 
 
O v&iacute;rus da influenza A apresentou aumento em alguns estados, como Bahia, Goi&aacute;s e Minas Gerais, com destaque especial para S&atilde;o Paulo e Distrito Federal, que registram o maior volume absoluto de resultados positivos para esse v&iacute;rus nas &uacute;ltimas semanas.

Na an&aacute;lise da Fiocruz, a recente tend&ecirc;ncia de aumento da influenza em S&atilde;o Paulo e no Distrito Federal serve de alerta em decorr&ecirc;ncia da import&acirc;ncia de ambos no fluxo interestadual de passageiros, especialmente para os grandes centros urbanos atrav&eacute;s da malha a&eacute;rea nacional.

Foram considerados, nesta edi&ccedil;&atilde;o, os dados inseridos no Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o de Vigil&acirc;ncia Epidemiol&oacute;gica (Sivep-Gripe) at&eacute; 10 de outubro. A an&aacute;lise corresponde ao per&iacute;odo de 2 a 8 de outubro.

Nas &uacute;ltimas quatro semanas epidemiol&oacute;gicas, a preval&ecirc;ncia entre os casos com resultado positivo para v&iacute;rus respirat&oacute;rios foi de 34,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19), 25,4% para influenza A; 0,8% para influenza B; 13,0% para v&iacute;rus sincicial respirat&oacute;rio (VSR). Entre as mortes, a presen&ccedil;a destes v&iacute;rus entre os casos positivos foi de 82,2% para Sars-CoV-2 (covid-19), 12,9% para influenza A; e 0% para influenza B e para VSR.

No cen&aacute;rio nacional, o boletim indica queda na incid&ecirc;ncia de SRAG na tend&ecirc;ncia de longo prazo, ou seja, consideradas as &uacute;ltimas seis semanas, e crescimento moderado na de curto prazo, ou seja, nas &uacute;ltimas tr&ecirc;s semanas. A curva nacional continua apontando para o patamar mais baixo desde o in&iacute;cio da epidemia de covid-19 no Brasil.

Em 2022, conforme o Infogripe, foram notificados 247.822 casos de SRAG, sendo 118.576 (47,8%) com resultado laboratorial positivo para algum v&iacute;rus respirat&oacute;rio, 103.479 (41,8%) negativos, e ao menos 14.353 (5,8%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, a maior parte foi para covid-19, 78,6%; 9,1% deram positivo para v&iacute;rus sincicial respirat&oacute;rio; 4,7%, para influenza A; e, 0,2%, influenza B.

Os testes cl&iacute;nicos da vacina SpiN-TEC contra covid-19, desenvolvida por pesquisadores do CT Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), v&atilde;o come&ccedil;ar com um grupo de 432 volunt&aacute;rios, segundo detalhes divulgados&nbsp;hoje&nbsp;(3), ap&oacute;s a&nbsp;aprova&ccedil;&atilde;o dos experimentos pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa).&nbsp;&nbsp;

Segundo a Fiocruz, os ensaios cl&iacute;nicos come&ccedil;am assim que a Comiss&atilde;o Nacional de &Eacute;tica em Pesquisa (Conep) revalidar a aprova&ccedil;&atilde;o concedida anteriormente, o que &eacute; necess&aacute;rio para contemplar as recomenda&ccedil;&otilde;es apresentadas no parecer da Anvisa.

Os testes de uma vacina em humanos incluem tr&ecirc;s fases antes de os desenvolvedores solicitarem o registro dos resultados &agrave;s ag&ecirc;ncias reguladoras. Na fase 1, &eacute; avaliada a seguran&ccedil;a da vacina em um grupo pequeno de volunt&aacute;rios. Na fase 2, os pesquisadores aumentam o n&uacute;mero de volunt&aacute;rios e testam tamb&eacute;m a resposta imunol&oacute;gica da vacina proposta. Por &uacute;ltimo, na fase 3, o n&uacute;mero de volunt&aacute;rios &eacute; ainda maior, para que seja testada a efic&aacute;cia da vacina na compara&ccedil;&atilde;o com um grupo controle.&nbsp;

No caso dos testes da SpiN-TEC, os pesquisadores realizar&atilde;o a fase 1 em 72 volunt&aacute;rios, para verificar poss&iacute;veis efeitos colaterais da vacina, como dor de cabe&ccedil;a, dor local, febre, n&aacute;usea, entre outros. Os volunt&aacute;rios ser&atilde;o observados durante um ano, mas a fase 2 poder&aacute; come&ccedil;ar caso n&atilde;o haja problemas dentro de quatro a seis meses ap&oacute;s o in&iacute;cio da fase 1.&nbsp;&nbsp;

Na fase 2, o estudo contar&aacute; com 360 volunt&aacute;rios. Al&eacute;m da seguran&ccedil;a, os pesquisadores v&atilde;o observar nessa etapa o n&iacute;vel de anticorpos gerados e a resposta dos linf&oacute;citos, estruturas que, juntas, poder&atilde;o garantir a prote&ccedil;&atilde;o do organismo contra o v&iacute;rus SARS-CoV-2.

Segundo a Fiocruz, nas duas etapas, os volunt&aacute;rios ser&atilde;o divididos em dois grupos: um com participantes com idade entre 18 e 54 anos, que passar&aacute; pelos testes primeiro; e outro, com pessoas com idade entre 55 e 85 anos. Os cientistas querem entender se a faixa et&aacute;ria pode interferir na resposta imunol&oacute;gica e tamb&eacute;m na seguran&ccedil;a da vacina.

O lote cl&iacute;nico de vacinas que ser&atilde;o aplicadas nos 432 volunt&aacute;rios durante as fases 1 e 2 j&aacute; est&aacute; pronto. Segundo o pesquisador Ricardo Gazzinelli, coordenador do projeto, depois do desenvolvimento do processo de produ&ccedil;&atilde;o do ingrediente farmac&ecirc;utico ativo (IFA) no CT-Vacinas (Fiocruz/UFMG), o insumo foi transferido para a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, onde ocorreu a fabrica&ccedil;&atilde;o do lote. O envase, por sua vez, foi realizado no Complexo Industrial Farmac&ecirc;utico Crist&aacute;lia, em S&atilde;o Paulo.

Al&eacute;m de se provar eficaz, a SpiN-TEC precisar&aacute; igualar ou superar a efic&aacute;cia das vacinas j&aacute; existentes no mercado, para que sua aprova&ccedil;&atilde;o seja concedida, uma vez que a maioria da popula&ccedil;&atilde;o j&aacute; est&aacute; imunizada e a vacina ser&aacute; usada como dose de refor&ccedil;o.&nbsp;

A fase 3 de testes deve envolver cerca de 4&nbsp;mil volunt&aacute;rios, e a produ&ccedil;&atilde;o das vacinas que ser&atilde;o utilizadas contar&aacute; com uma parceria que j&aacute; foi firmada com a Funda&ccedil;&atilde;o Ezequiel Dias (Funed), laborat&oacute;rio central do estado de Minas Gerais, para a fabrica&ccedil;&atilde;o do IFA. O envase deve ser feito por uma empresa brasileira do setor privado que j&aacute; manifestou interesse na comercializa&ccedil;&atilde;o da SpiN-TEC em caso de confirma&ccedil;&atilde;o de sua seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia, segundo a Fiocruz.&nbsp;&nbsp;

Os testes realizados, at&eacute; o momento, mostram que a vacina confere prote&ccedil;&atilde;o contra o agravamento de casos de covid-19 sem causar efeitos colaterais relevantes em camundongos e primatas n&atilde;o humanos.&nbsp;

Nova tecnologia

A vacina SpiN-TEC tem tecnologia diferente das quatro vacinas contra covid-19 usadas at&eacute; agora no Brasil: CoronaVac, AstraZeneca/Fiocruz, Pfizer e Janssen. Ela usa a fus&atilde;o de duas prote&iacute;nas do SARS-CoV-2, S e N, para formar uma prote&iacute;na &ldquo;quimera&rdquo;. Segundo os desenvolvedores, essa associa&ccedil;&atilde;o confere &agrave; SpiN-TEC um diferencial em rela&ccedil;&atilde;o aos demais imunizantes, que miram apenas a prote&iacute;na S, por ser aquela que o v&iacute;rus utiliza para invadir as c&eacute;lulas humanas.

O problema de atacar apenas a prote&iacute;na S &eacute; que ela tamb&eacute;m &eacute; a que mais acumulou muta&ccedil;&otilde;es ao longo da evolu&ccedil;&atilde;o do novo coronav&iacute;rus, o que deu &agrave;s novas variantes mais efici&ecirc;ncia contra os anticorpos neutralizantes. A prote&iacute;na N, por outro lado, &eacute; menos sujeita &agrave;s muta&ccedil;&otilde;es que geraram novas variantes.

Al&eacute;m da seguran&ccedil;a da vacina, o estudo em humanos quer provar que, por conter a quimera com as duas prote&iacute;nas, a SpiN-TEC poder&aacute; oferecer prote&ccedil;&atilde;o contra o coronav&iacute;rus e suas variantes, sem dar a elas maior chance de escape.

A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) aprovou hoje (20) o primeiro registro, no Brasil, de teste para diagn&oacute;stico de var&iacute;ola dos macacos. O&nbsp;kit&nbsp;molecular, fabricado pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), detecta regi&otilde;es gen&ocirc;micas dos v&iacute;rus Orthopox, Monkeypox e Varicella Zoster.

Segundo a Anvisa, o produto baseia-se em tecnologia de PCR em Tempo Real e &eacute; indicado para o processamento de amostras cl&iacute;nicas. Para conceder o registro, a ag&ecirc;ncia analisou requisitos t&eacute;cnicos que incluem o desempenho cl&iacute;nico e o gerenciamento de risco, que servem para garantir adequabilidade do teste ao uso proposto.

&ldquo;A avalia&ccedil;&atilde;o do pedido de registro pela Anvisa levou 39 dias, incluindo 17 dias utilizados pela empresa solicitante para atender as exig&ecirc;ncias t&eacute;cnicas feitas pela ag&ecirc;ncia. A avalia&ccedil;&atilde;o dos testes para&nbsp;monkeypox&nbsp;ocorre em regime de prioridade na ag&ecirc;ncia, conforme decis&atilde;o da diretoria colegiada&rdquo;, informou o &oacute;rg&atilde;o.

A publica&ccedil;&atilde;o do&nbsp;registro&nbsp;consta na edi&ccedil;&atilde;o desta ter&ccedil;a-feira do&nbsp;Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o. A disponibilidade do produto no mercado, de acordo com a Anvisa, depende da empresa detentora do registro.

O Minist&eacute;rio da Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&otilde;es&nbsp;informou que vai investir R$ 3 milh&otilde;es em projetos de pesquisa cient&iacute;fica sobre a var&iacute;ola dos macacos (Monkeypox). O recurso foi liberado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient&iacute;fico e Tecnol&oacute;gico (CNPq).<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1483288&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1483288&amp;o=node" />

Os projetos envolver&atilde;o linhas de pesquisa sobre vacinas, avalia&ccedil;&atilde;o do status imunol&oacute;gico da popula&ccedil;&atilde;o, testes de ant&iacute;geno viral para sorologia, avalia&ccedil;&atilde;o de cepas em circula&ccedil;&atilde;o no Brasil e o monitoramento do comportamento do v&iacute;rus em animais silvestres e dom&eacute;sticos. As pesquisas devem ser conclu&iacute;das no prazo de 24 meses.&nbsp;

O trabalho ser&aacute; realizado por pesquisadores de universidades federais que fazem parte da C&acirc;maraPOX, grupo consultivo criado para o enfrentamento do v&iacute;rus.&nbsp;

Os cientistas s&atilde;o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Feevale, institui&ccedil;&atilde;o privada no Rio Grande do Sul.&nbsp;

A var&iacute;ola dos macacos &eacute; uma doen&ccedil;a causada por v&iacute;rus e transmitida pelo contato pr&oacute;ximo ou &iacute;ntimo com uma pessoa infectada e com les&otilde;es de pele.&nbsp;

Em geral, os quadros cl&iacute;nicos s&atilde;o leves e requerem cuidado e observa&ccedil;&atilde;o das les&otilde;es. O maior risco de agravamento ocorre para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, met&aacute;stase, transplantados, pessoas com doen&ccedil;as autoimunes, gestantes, lactantes e crian&ccedil;as com menos de 8 anos.&nbsp;

O Boletim InfoGripe, da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje (8), aponta para a interrup&ccedil;&atilde;o ou a queda em diversos estados na tend&ecirc;ncia de crescimento de casos de S&iacute;ndrome Respirat&oacute;ria Aguda Grave (SRAG) entre crian&ccedil;as e adolescentes. Nesse grupo, havia sinais de aumento de ocorr&ecirc;ncias nas &uacute;ltimas semanas.

Segundo a Fiocruz, os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa et&aacute;ria continuam indicando para amplo predom&iacute;nio do v&iacute;rus Sars-CoV-2, especialmente na popula&ccedil;&atilde;o adulta.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, explicou que os dados laboratoriais n&atilde;o sugerem que o aumento de incid&ecirc;ncia de SRAG na popula&ccedil;&atilde;o infantil tenha sido causado por interna&ccedil;&otilde;es decorrentes da covid-19.

&ldquo;Por se tratar de crescimento restrito ao p&uacute;blico infantil, temporalmente associado ao retorno escolar ap&oacute;s o per&iacute;odo de f&eacute;rias, &eacute; poss&iacute;vel que esse crescimento esteja ligado a v&iacute;rus respirat&oacute;rios comuns ao ambiente escolar&rdquo;, disse.

Nas &uacute;ltimas quatro semanas epidemiol&oacute;gicas, a preval&ecirc;ncia entre os casos como resultado positivo para v&iacute;rus respirat&oacute;rios foi de 3,4% para influenza A; 0,2% para influenza B; 6,5% para v&iacute;rus sincicial respirat&oacute;rio (VSR); e 68% para Sars-CoV-2 (covid-19). Entre os &oacute;bitos, a presen&ccedil;a desses mesmos v&iacute;rus entre os positivos foi de 0,9% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,9% para VSR; e 93,4% para Sars-CoV-2.

&ldquo;O estudo mostra sinal de queda nas tend&ecirc;ncias de longo (&uacute;ltimas sei semanas) e curto prazo (&uacute;ltimas tr&ecirc;s semanas). A curva nacional vem apontando para patamar inferior ao observado no m&ecirc;s de abril, at&eacute; ent&atilde;o o mais baixo desde o in&iacute;cio da epidemia de Covid-19 no Brasil&rdquo;, diz a Fiocruz.

O novo Boletim InfoGripe, divulgado&nbsp;hoje&nbsp;(2) pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta para o aumento recente no n&uacute;mero de casos de S&iacute;ndrome Respirat&oacute;ria Aguda Grave (SRAG) em&nbsp; crian&ccedil;as e adolescentes de zero a 17 anos, com taxa de crescimento maior na faixa de 5 a 11 anos, em diversos estados, nas primeiras semanas&nbsp;de agosto.

O estudo se refere &agrave; Semana Epidemiol&oacute;gica (SE) 34, per&iacute;odo de 21 a&nbsp;27 de agosto, e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o de Vigil&acirc;ncia Epidemiol&oacute;gica da Gripe (Sivep-Gripe) at&eacute; o dia 29.

O coordenador do InfoGripe, pesquisador Marcelo Gomes, afirmou que dados laboratoriais ainda n&atilde;o permitem identificar com clareza o v&iacute;rus associado a esse aumento. Informou que em alguns estados das regi&otilde;es Sul e Centro-Oeste, h&aacute; ind&iacute;cios de predom&iacute;nio de rinov&iacute;rus no p&uacute;blico de cinco a 11 anos para as semanas recentes, mas os dados ainda s&atilde;o preliminares.

Gomes esclareceu que &ldquo;por se tratar de crescimento restrito ao p&uacute;blico infantil e temporalmente associado ao retorno &agrave;s aulas ap&oacute;s as f&eacute;rias escolares, o cen&aacute;rio atual refor&ccedil;a a import&acirc;ncia de cuidados m&iacute;nimos como boa ventila&ccedil;&atilde;o das salas de aula e respeito ao isolamento das crian&ccedil;as com sintomas de infec&ccedil;&atilde;o respirat&oacute;ria para tratamento adequado e preserva&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de da fam&iacute;lia escolar&rdquo;.

J&aacute; na popula&ccedil;&atilde;o em geral, o cen&aacute;rio mostra queda na tend&ecirc;ncia de longo prazo, ou seja, nas &uacute;ltimas seis semanas, e estabilidade na tend&ecirc;ncia de curto prazo (&uacute;ltimas tr&ecirc;s semanas). A curva nacional continua em processo de estabiliza&ccedil;&atilde;o para patamar similar ao mantido em abril de 2022, o mais baixo desde o in&iacute;cio da epidemia da covid-19 no pa&iacute;s.

Sars-CoV-2

O boletim revela, ainda, que os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa et&aacute;ria permanecem apontando para predom&iacute;nio do v&iacute;rus Sars-CoV-2, especialmente na popula&ccedil;&atilde;o adulta. Nas &uacute;ltimas quatro semanas epidemiol&oacute;gicas, a preval&ecirc;ncia entre os casos como resultado positivo para v&iacute;rus respirat&oacute;rios foi de 2,6% para influenza A; 0,3% para influenza B; 5% para V&iacute;rus Sincicial Respirat&oacute;rio (VSR); e 71,8% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Entre os &oacute;bitos, a presen&ccedil;a destes v&iacute;rus entre os positivos foi de 1% para influenza A; 0,7% para influenza B; 0,3% para VSR; e 95,7% Sars-CoV-2 (Covid-19).

Estados

A an&aacute;lise por estados indica que apenas Acre, Cear&aacute;, Distrito Federal, Esp&iacute;rito Santo, Roraima e S&atilde;o Paulo apresentam crescimento na tend&ecirc;ncia de longo prazo at&eacute; a Semana Epidemiol&oacute;gica 34. Em todas as unidades, o aumento recente apurado est&aacute; concentrado no grupo de zero a 17 anos de idade, n&atilde;o sendo registrado entre os adultos.

Entre as capitais, apresentam evolu&ccedil;&atilde;o na tend&ecirc;ncia de longo prazo at&eacute; a Semana Epidemiol&oacute;gica 34: Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Jo&atilde;o Pessoa (PB), Palmas (TO), S&atilde;o Lu&iacute;s (MA), S&atilde;o Paulo (SP) e Vit&oacute;ria (ES).

O boletim informa, entretanto, que na maioria dessas cidades, isso &eacute; compat&iacute;vel com o cen&aacute;rio de oscila&ccedil;&atilde;o. Nas demais capitais, a sinaliza&ccedil;&atilde;o &eacute; de queda ou estabilidade na tend&ecirc;ncia de longo prazo, e de estabilidade nas tr&ecirc;s semanas recentes.&nbsp;

Pesquisadores da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) conseguiram registrar em imagens o momento em que uma c&eacute;lula sofre processo de degenera&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s infec&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus monkeypox, respons&aacute;vel pela var&iacute;ola dos macacos.&nbsp;A amplia&ccedil;&atilde;o da imagem em at&eacute; 40 mil vezes permitiu mostrar de perto as part&iacute;culas virais em processo de replica&ccedil;&atilde;o no citoplasma da c&eacute;lula.&nbsp;

Segundo os pesquisadores, estima-se que o v&iacute;rus monkeypox me&ccedil;a 300 nan&ocirc;metros, o que equivale a 0,00003 cent&iacute;metro. Apesar de ser 300 vezes menor que a c&eacute;lula, os cientistas avaliam que ele se replica com facilidade ao conseguir infect&aacute;-la.

A capta&ccedil;&atilde;o das imagens se deu durante um estudo sobre replica&ccedil;&atilde;o viral, a partir de uma amostra cl&iacute;nica de um paciente infectado que foi posta em contato com c&eacute;lulas de linhagem Vero, frequentemente utilizadas para ensaios in vitro e isolamento viral.&nbsp;

A pesquisa &eacute; coordenada pela chefe do Laborat&oacute;rio de Morfologia e Morfog&ecirc;nese Viral, Debora Ferreira Barreto Vieira, com colabora&ccedil;&atilde;o de sua equipe (Milene Dias Miranda, Gabriela Cardoso Caldas e Vivian Ferreira), em parceria com pesquisadores do Laborat&oacute;rio de Enterov&iacute;rus, refer&ecirc;ncia em diagn&oacute;stico laboratorial em monkeypox para o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.

A monkeypox, tamb&eacute;m chamada de var&iacute;ola dos macacos, foi declarada Emerg&ecirc;ncia Internacional de Sa&uacute;de P&uacute;blica pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de e j&aacute; causou mais de 40 mil casos desde que o v&iacute;rus saiu das regi&otilde;es do continente africano onde costumava ser end&ecirc;mico.

A doen&ccedil;a pode ser transmitida por contato pessoal e &iacute;ntimo, como beijo, abra&ccedil;o e rela&ccedil;&otilde;es sexuais, por contato com feridas, crostas ou fluidos corporais, e tamb&eacute;m&nbsp;por secre&ccedil;&otilde;es respirat&oacute;rias durante contato pessoal prolongado.&nbsp;

Os sintomas podem incluir les&otilde;es na pele, febre, dor no corpo e dor de cabe&ccedil;a, entre outros. Pessoas com esses sintomas devem procurar os servi&ccedil;os de sa&uacute;de para terem acesso &agrave; testagem.

A curva de casos de s&iacute;ndrome respirat&oacute;ria&nbsp;aguda grave (SRAG) segue em queda e se aproxima do n&iacute;vel registrado em abril de 2022, quando esteve no menor patamar desde&nbsp;a dissemina&ccedil;&atilde;o da&nbsp;covid-19&nbsp;no Brasil, no primeiro semestre de 2020. A avalia&ccedil;&atilde;o consta no novo Boletim InfoGripe, divulgado&nbsp;hoje&nbsp;(24) pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) com dados que v&atilde;o at&eacute;&nbsp;20 de agosto.

Entre as 27 unidades da federa&ccedil;&atilde;o, apenas Acre e Roraima apresentam tend&ecirc;ncia de alta nos casos de SRAG na an&aacute;lise das &uacute;ltimas seis semanas, enquanto Distrito Federal, Esp&iacute;rito Santo e Paran&aacute; indicam estabilidade da incid&ecirc;ncia da s&iacute;ndrome. Nos outros 22 estados, o movimento &eacute; de queda.

Quando a an&aacute;lise se concentra apenas nas &uacute;ltimas tr&ecirc;s semanas, entretanto, h&aacute; mais unidades da federa&ccedil;&atilde;o com tend&ecirc;ncia de alta, com destaque para Cear&aacute;, Para&iacute;ba e S&atilde;o Paulo.&nbsp;

A Fiocruz destaca que, apesar de o cen&aacute;rio ser, no geral, positivo, h&aacute; um aumento recente no registro de casos no grupo de 5 a 11 anos na maior parte do pa&iacute;s. N&uacute;meros preliminares mostram que, em alguns estados das regi&otilde;es Centro-Oeste e Sul, se observa o predom&iacute;nio de resultados positivos para rinov&iacute;rus, o que indica a retomada dos v&iacute;rus respirat&oacute;rios usuais.

Para o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, apesar de esses v&iacute;rus serem menos preocupantes que o novo coronav&iacute;rus, ainda &eacute; preciso&nbsp;ter&nbsp;cautela.

&quot;Tal cen&aacute;rio refor&ccedil;a a import&acirc;ncia de cuidados m&iacute;nimos, como boa ventila&ccedil;&atilde;o das salas de aula e respeito ao isolamento das crian&ccedil;as com sintomas de infec&ccedil;&atilde;o respirat&oacute;ria para tratamento adequado e preserva&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de da fam&iacute;lia escolar&quot;.

Efetividade das vacinas

O boletim tamb&eacute;m refor&ccedil;a que as doses de refor&ccedil;o continuam a produzir prote&ccedil;&atilde;o adicional na popula&ccedil;&atilde;o, especialmente, nos idosos.&nbsp;

O estudo mostra que a incid&ecirc;ncia da SRAG causada pela covid-19 na popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o vacinada &eacute; de 17 casos por 100 mil habitantes entre quem tem 60 a 69 anos. Essa propor&ccedil;&atilde;o cai para 13 casos para cada 100 mil habitantes entre quem se vacinou, mas n&atilde;o tomou doses de refor&ccedil;o, e chega a 7 casos por 100 mil entre quem tomou pelo menos a primeira dose de refor&ccedil;o.&nbsp;

Na faixa et&aacute;ria de 70 a 79 anos, a popula&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o se vacinou sofre de uma incid&ecirc;ncia de 44 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto quem chegou ao menos &agrave; primeira dose de refor&ccedil;o tem uma propor&ccedil;&atilde;o de 19 casos por 100 mil.&nbsp;

Mais vulner&aacute;veis &agrave; covid-19, os idosos de 80 anos ou mais n&atilde;o vacinados t&ecirc;m uma incid&ecirc;ncia de s&iacute;ndrome respirat&oacute;rias graves que ultrapassa 145 casos para cada 100 mil habitantes, mas a vacina&ccedil;&atilde;o com duas doses mais a dose de refor&ccedil;o reduz essa propor&ccedil;&atilde;o para 67 casos por 100 mil habitantes.&nbsp;

A Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) preparou uma carta aos candidatos &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica e &agrave; sociedade. Com o t&iacute;tulo Desenvolvimento Sustent&aacute;vel com Equidade, Sa&uacute;de e Democracia, o documento, segundo a institui&ccedil;&atilde;o, foi elaborado para contribuir com o debate eleitoral &ldquo;a partir de dez diretrizes que sintetizam um conjunto de propostas para campos diretamente relacionados &agrave; sa&uacute;de dos brasileiros e ao desenvolvimento do pa&iacute;s&rdquo;.

De acordo com a Fiocruz, a carta, que ser&aacute; encaminhada aos coordenadores de campanhas de todos os candidatos &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, tem entre as propostas o alerta para a necessidade de aumento progressivo do investimento p&uacute;blico em sa&uacute;de para chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) nos pr&oacute;ximos oito&nbsp;anos, e a 2% do PIB em ci&ecirc;ncia, tecnologia e inova&ccedil;&atilde;o em quatro&nbsp;anos. Atualmente, 4% do PIB s&atilde;o investidos na sa&uacute;de e 1% vai para ci&ecirc;ncia, tecnologia e inova&ccedil;&atilde;o.

O documento defende ainda a revoga&ccedil;&atilde;o da&nbsp;Emenda &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o 95, a PEC do Teto de Gastos P&uacute;blicos, &ldquo;e das regras fiscais que restringem o bem-estar, a ci&ecirc;ncia e a educa&ccedil;&atilde;o&rdquo;.

A Carta Desenvolvimento Sustent&aacute;vel com Equidade, Sa&uacute;de e Democracia pede a elimina&ccedil;&atilde;o da fome e da pobreza extrema e um aumento nos investimentos nas bases tecnol&oacute;gica e industrial da sa&uacute;de no pa&iacute;s, como forma de superar a vulnerabilidade econ&ocirc;mica do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) e reduzir a depend&ecirc;ncia externa.

No documento, a Fiocruz apontou tamb&eacute;m para &ldquo;um novo marco regulat&oacute;rio para pol&iacute;ticas ativas de desenvolvimento produtivo e de inova&ccedil;&atilde;o em sa&uacute;de, sob a orienta&ccedil;&atilde;o das demandas do SUS e para a amplia&ccedil;&atilde;o de vagas p&uacute;blicas, de a&ccedil;&otilde;es afirmativas e melhoria das condi&ccedil;&otilde;es de infraestrutura f&iacute;sica e digital na educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica&rdquo;.

Entre as diretrizes, a Fiocruz incluiu propostas de respeito &agrave; equidade e &agrave; diversidade e medidas de emerg&ecirc;ncia clim&aacute;tica e ambiental. &ldquo;Defesa da promo&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas relacionadas &agrave; equidade e ao respeito &agrave; diversidade; de uma a&ccedil;&atilde;o integrada para o enfrentamento da emerg&ecirc;ncia clim&aacute;tica e ambiental a partir dos determinantes sociais da sa&uacute;de no &acirc;mbito da Agenda 2030; e de coopera&ccedil;&atilde;o internacional de base solid&aacute;ria em Sa&uacute;de, e Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o, com o objetivo de reduzir as assimetrias globais&rdquo;, diz o documento.

Conforme a Fiocruz, a carta &ldquo;&eacute; resultado de debate e contribui&ccedil;&atilde;o do Conselho Deliberativo da institui&ccedil;&atilde;o e soma-se ao momento democr&aacute;tico de buscar sa&iacute;das para o pa&iacute;s na constru&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas, a partir do conhecimento acumulado na institui&ccedil;&atilde;o&rdquo;.

A presidente da Fiocruz, N&iacute;sia Trindade, disse que a institui&ccedil;&atilde;o quer contribuir para uma agenda de futuro do pa&iacute;s, com mais equidade e justi&ccedil;a. &ldquo;Esse documento &eacute; uma pe&ccedil;a de di&aacute;logo, que reflete o nosso compromisso de fazer um balan&ccedil;o dos desafios do Brasil e do mundo, tendo a ci&ecirc;ncia, a tecnologia e a inova&ccedil;&atilde;o como elementos fundamentais para pensar o desenvolvimento humano, social e econ&ocirc;mico&rdquo;, disse.

O aumento no n&uacute;mero de casos de S&iacute;ndrome Respirat&oacute;ria Aguda Grave (SRAG) em crian&ccedil;as chamou a aten&ccedil;&atilde;o de cientistas da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), conforme o &uacute;ltimo Boletim InfoGripe, divulgado nesta&nbsp;quarta-feira (17). Na contram&atilde;o dos &iacute;ndices nacionais nas demais faixas et&aacute;rias, que est&atilde;o caindo, a&nbsp;contamina&ccedil;&atilde;o&nbsp;entre crian&ccedil;as est&aacute; subindo.

De acordo com a Fiocruz, a pesquisa destaca que, apesar do sinal geral de queda ou estabiliza&ccedil;&atilde;o, o aumento recente na faixa et&aacute;ria de 0 a 11 anos em diversos estados do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste desperta um sinal de alerta.

&ldquo;Em termos proporcionais, esse crescimento &eacute; ainda mais expressivo na faixa de 5 a 11 anos de idade. Por ser restrito &agrave;s &uacute;ltimas semanas, ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel identificar com clareza o v&iacute;rus respons&aacute;vel por esse aumento, embora o Sars-CoV-2 (covid-19) continue sendo predominante em todas as faixas et&aacute;rias&rdquo;, explicou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Nas demais faixas et&aacute;rias, o boletim sinaliza para um patamar similar ao&nbsp;de abril&nbsp;em casos de SRAG, o mais baixo desde o in&iacute;cio da epidemia de covid-19 no Brasil. O&nbsp;estudo, referente &agrave; Semana Epidemiol&oacute;gica 32 (de 7 a&nbsp;13 de agosto), tem como base os dados inseridos no Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o de Vigil&acirc;ncia Epidemiol&oacute;gica da Gripe (Sivep-Gripe) at&eacute;&nbsp;15 de agosto.

O estudo mostra queda na tend&ecirc;ncia de longo prazo (&uacute;ltimas seis semanas) e estabilidade na tend&ecirc;ncia de curto prazo (&uacute;ltimas tr&ecirc;s semanas). Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa et&aacute;ria apontam que o Sars-CoV-2 se mant&eacute;m dominante, especialmente na popula&ccedil;&atilde;o adulta. Embora n&atilde;o se destaque no dado nacional, o v&iacute;rus influenza A H3N2 mant&eacute;m presen&ccedil;a em diversas faixas et&aacute;rias no Rio Grande do Sul.

Nas &uacute;ltimas quatro semanas epidemiol&oacute;gicas, a preval&ecirc;ncia entre os casos com resultado positivo para v&iacute;rus respirat&oacute;rios foi de 2% para influenza A, 0,2% para influenza B, 5,9% para v&iacute;rus sincicial respirat&oacute;rio (VSR) e 78,2% para Sars-CoV-2 (covid-19). Entre os &oacute;bitos, a presen&ccedil;a destes mesmos v&iacute;rus entre os positivos foi de 0,7% de influenza A, 0,2% de influenza B, 0,2% de v&iacute;rus sincicial respirat&oacute;rio e 96,5% de Sars-CoV-2 (covid-19).

A &iacute;ntegra do boletim pode ser acessada na&nbsp;<a href="https://agencia.fiocruz.br/sites/agencia.fiocruz.br/files/u34/resumo_infogripe_2022_32.pdf" target="_blank">p&aacute;gina da Fiocruz na internet</a>.

Os casos de S&iacute;ndrome Respirat&oacute;ria Aguda Grave (SRAG) apresentam tend&ecirc;ncia de queda em 22 unidades da federa&ccedil;&atilde;o, segundo o boletim InfoGripe divulgado hoje (11) pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz). As exce&ccedil;&otilde;es s&atilde;o Roraima, onde h&aacute; tend&ecirc;ncia de alta, e Amazonas, Amap&aacute;, Maranh&atilde;o e Piau&iacute;, cujas incid&ecirc;ncias se mantiveram est&aacute;veis.

A an&aacute;lise considera as &uacute;ltimas seis semanas epidemiol&oacute;gicas, per&iacute;odo encerrado em 6 de agosto. Em todo o Sul e Sudeste e em boa parte do Nordeste e Centro-Oeste, a probabilidade de queda nos casos de SRAG &eacute; maior que 95%.

O monitoramento dos casos de SRAG ganhou destaque durante a pandemia de covid-19, porque as hospitaliza&ccedil;&otilde;es causadas pelo SARS-CoV-2 passaram a dominar os casos virais dessa s&iacute;ndrome. Segundo a Fiocruz, nas &uacute;ltimas quatro semanas, 79,1% dos casos de SRAG viral foram causados pelo novo coronav&iacute;rus.

Apesar de apenas o estado Roraima apresentar tend&ecirc;ncia de alta na an&aacute;lise das &uacute;ltimas seis semanas, quando os pesquisadores se debru&ccedil;am sobre as capitais, h&aacute; avan&ccedil;o na incid&ecirc;ncia da SRAG em Bel&eacute;m, Boa Vista e no Recife.

A prote&ccedil;&atilde;o conferida pelas doses de refor&ccedil;o das vacinas contra a covid-19 foi capaz de reduzir ainda mais a incid&ecirc;ncia das s&iacute;ndromes respirat&oacute;rias agudas graves (SRAG) causadas pelo novo coronav&iacute;rus (SARS-CoV-2) em todas as faixas et&aacute;rias, segundo estimativa divulgada hoje (28), no Rio de Janeiro, pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz).&nbsp;

O estudo indica que os casos graves de covid-19 incidiram at&eacute; tr&ecirc;s vezes mais na popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o vacinada, se comparada com a que completou o esquema b&aacute;sico e ainda recebeu ao menos a primeira dose de refor&ccedil;o.&nbsp;

Os dados fazem parte do Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana, atualizado com dados de 17 a 23 de julho. Coordenador do estudo, Marcelo Gomes disse que o ponto central &eacute; que fica evidente a import&acirc;ncia da vacina&ccedil;&atilde;o.

&quot;A gente observa uma efetividade, uma diminui&ccedil;&atilde;o desse risco de interna&ccedil;&atilde;o em todas as faixas et&aacute;rias. E quando a gente olha a dose de refor&ccedil;o, melhora ainda mais a prote&ccedil;&atilde;o. Os dados deixam claro o quanto a vacina &eacute; fundamental para se ter uma realidade distinta no enfrentamento da covid-19&quot;, explicou.

E acrescentou: &quot;se algu&eacute;m ainda tem alguma d&uacute;vida, n&atilde;o precisa ter. A vacina &eacute; simplesmente fundamental. A diferen&ccedil;a &eacute; gritante entre quem n&atilde;o se vacinou, quem iniciou o esquema vacinal e quem j&aacute; est&aacute; com dose de refor&ccedil;o&quot;.

Faixas et&aacute;rias

Desde o in&iacute;cio da pandemia, a taxa de incid&ecirc;ncia da SRAG causada pela covid-19 &eacute; muito maior entre os idosos de idade avan&ccedil;ada. Na popula&ccedil;&atilde;o com 80 anos ou mais, houve 208,05 pessoas com casos graves de covid-19 para cada 100 mil habitantes n&atilde;o vacinados. Entre os que tomaram ao menos uma dose, mas n&atilde;o chegaram ao refor&ccedil;o, a incid&ecirc;ncia cai para 124,68 casos por 100 mil habitantes, e, com a dose de refor&ccedil;o, cai ainda mais, para 111,21/100 mil.

Entre os outros idosos, as quedas s&atilde;o de ordens semelhantes. O agravamento incidiu sobre os sem vacina na propor&ccedil;&atilde;o de 62,88/100 mil, entre os de 70 a 79 anos, e na de 27,11/100 mil, para os de 60 a 69 anos. Com esquema completo, esses valores caem para 45,69/100 mil e 16,44/100 mil, e, com a de refor&ccedil;o, para 31,0/100 mil e 11,04/100 mil.

&quot;A dose de refor&ccedil;o entra para compensar a perda de mem&oacute;ria imunol&oacute;gica que infelizmente a gente tem observado na popula&ccedil;&atilde;o e especialmente nas faixas et&aacute;rias mais avan&ccedil;adas&quot;, observou.

Na popula&ccedil;&atilde;o adulta, a incid&ecirc;ncia da SRAG causada pela covid-19 apresenta uma queda ainda maior quando s&atilde;o comparados os vacinados e os n&atilde;o vacinados, que sofrem de agravamento com uma frequ&ecirc;ncia tr&ecirc;s vezes maior.&nbsp;

&quot;Quanto mais jovem, h&aacute; uma diferen&ccedil;a ainda maior. A popula&ccedil;&atilde;o mais nova tem uma resposta ainda melhor. A diferen&ccedil;a fica mais importante, e isso era algo que os estudos j&aacute; mostravam, que havia uma diferen&ccedil;a entre o p&uacute;blico de idade mais avan&ccedil;ada e o mais jovem, em termos de efetividade, mas todos se beneficiam&quot;, detalhou.&nbsp;

Taxa de incid&ecirc;ncia

Na popula&ccedil;&atilde;o de 50 a 59 anos, a taxa de incid&ecirc;ncia cai de 14,75/100 mil entre os n&atilde;o vacinados para 7,10/100 mil entre quem se vacinou sem refor&ccedil;o. Para quem tomou ao menos a primeira dose de refor&ccedil;o nessa faixa et&aacute;ria, o agravamento incidiu na propor&ccedil;&atilde;o de 4,76 casos por 100 mil habitantes.

Tomar a vacina tamb&eacute;m fez a incid&ecirc;ncia da SRAG ser tr&ecirc;s vezes menor entre quem tem 18 a 49 anos. Na faixa et&aacute;ria de 40 a 49 anos, a incid&ecirc;ncia entre quem n&atilde;o se vacinou &eacute; de 9,82 casos por 100 mil, o que&nbsp;&eacute; reduzido pela vacina&ccedil;&atilde;o com refor&ccedil;o para 2,39 por 100 mil. Entre quem tem 30 a 39 anos, a queda &eacute; de 6,25/100 mil para 2,02 por 100 mil. J&aacute; nos mais jovens, de 18 a 29 anos, a diminui&ccedil;&atilde;o &eacute; de 4,43/100 mil para 1,53 por 100 mil.&nbsp;

A pesquisa mostrou, tamb&eacute;m, que os adolescentes foram o p&uacute;blico com a maior redu&ccedil;&atilde;o proporcional dos casos de SRAG quando a vacina entra em cena. Quem tem 12 a 17 anos e n&atilde;o se vacinou teve uma incid&ecirc;ncia de 5,54 casos graves por 100 mil habitantes, enquanto quem tomou a primeira dose de refor&ccedil;o sofreu de SRAG numa propor&ccedil;&atilde;o de 0,51 caso por 100 mil.&nbsp;

Mesmo com conclus&otilde;es t&atilde;o positivas a favor da vacina&ccedil;&atilde;o, Marcelo Gomes ponderou que o efeito dos imunizantes ainda pode estar subestimado por limita&ccedil;&otilde;es nos bancos de dados que serviram de base para o estudo.

&quot;&Eacute; um resultado que tem uma s&eacute;rie de limita&ccedil;&otilde;es pela natureza desses dados. &Eacute; uma estimativa que tende a subestimar o impacto da vacina. O efeito real &eacute; ainda maior do que esse que a gente est&aacute; reportando, e ainda assim a gente j&aacute; observa o impacto&quot;, detalhou.

Os casos de s&iacute;ndrome respirat&oacute;ria aguda grave (SRAG) continuam a crescer em ritmo elevado nas regi&otilde;es Norte e Nordeste do pa&iacute;s, enquanto no Centro-Sul a tend&ecirc;ncia &eacute; de desacelera&ccedil;&atilde;o. A an&aacute;lise foi divulgada hoje (20) pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), no boletim InfoGripe, com dados colhidos at&eacute; 16 de julho.

A pesquisa avalia que o Sul e o Sudeste iniciaram uma onda de crescimento da SRAG em abril, meses antes do Norte e Nordeste, onde o mesmo come&ccedil;ou a ocorrer no final de maio e in&iacute;cio de junho. Mesmo assim, os pesquisadores apontam que Paran&aacute; e Rio Grande do Sul ainda apresentam cen&aacute;rio inst&aacute;vel, com retomada de alta em crian&ccedil;as.

O quadro &eacute; de alta da incid&ecirc;ncia da SRAG, nas &uacute;ltimas seis semanas, em 18 das 27 unidades federativas: Alagoas, Amazonas, Amap&aacute;, Bahia, Cear&aacute;, Esp&iacute;rito Santo, Maranh&atilde;o, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Par&aacute;, Para&iacute;ba, Paran&aacute;, Piau&iacute;, Rond&ocirc;nia, Roraima, Sergipe e Tocantins

O principal v&iacute;rus causador dos casos de SRAG nas &uacute;ltimas quatro semanas foi o SARS-CoV-2, dominando amplamente o cen&aacute;rio entre os adultos e superando o v&iacute;rus sincicial respirat&oacute;rio (VSR) entre as crian&ccedil;as. Apenas no Rio Grande do Sul o v&iacute;rus Influenza A mant&eacute;m presen&ccedil;a relevante em diversas faixas et&aacute;rias.

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