Bruno Reis media pagamento de indenização a ex-funcionários da CSN e categoria promete paralisar atos por 60 dias

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Salvador

16 de maio de 2022 às 16h36

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Após mais de um ano da extinção da Consórcio Salvador Norte (CSN), o prefeito Bruno Reis anunciou na manhã desta segunda-feira (16), o processo de intermediação realizada pela gestão municipal para a quitação da dívida de R$ 12 milhões para os cerca de 800 trabalhadores da extinta CSN que não foram contratados pelas demais concessionárias. Segundo Reis, a categoria deve ser indenizada em até 90 dias após uma articulação conduzida pela gestão municipal. 

O chefe do Executivo municipal apontou que a prefeitura tem auxiliado os trabalhadores com cestas básicas e intermediou, junto à Delegacia Regional do Trabalho, para que os profissionais recebessem seguro-desemprego.

“Mesmo sem ser uma obrigação da prefeitura, nós mediamos um acordo lá atrás com a empresa, em que a prefeitura reconheceu créditos e indenizou em R$ 20 milhões aqueles trabalhadores que não foram contratados. Os que agora não foram aproveitados pelas empresas atuais dependem da venda dos terrenos que são de propriedade do grupo”, contou.

Daniel Mota, diretor de comunicação do Sindicato Dos Rodoviários Da Bahia, pontuou como legítima as tentativas do atual gestor municipal em resolver os problemas. Entretanto, aponta que em algum momento o processo foi desacelerado, citando a mudança de lado político do presidente da Câmara dos Vereadores, Geraldo Jr., para a base governista, como vice-candidato de Jerônimo Rodrigues.

“Estes trabalhadores foram demitidos pela extinção da Concessionário, pela prefeitura e esperam o pagamento das verbas rescisórias. Os terrenos foram negociados pelo Ministério Público, mas aguardam a liberação da prefeitura, que tem que assinar a legalidade do processo. O sindicato não vem acompanhando essas manifestações pois entende que o processo está em negociação”, disse ao Portal Salvador FM.

"Entendemos que Bruno Reis pode fazer muito mais. Ele se mobilizou e acelerou o processo, deu cestas básicas para os funcionários, e em algum momento desacelerou mas acreditamos que vai retomar esse processo. Acredito também que esse momento conturbado no cenário político, com o presidente da Câmara [Geraldo Júnior] tendo mudado de lado, deve ter tomado o tempo dele, mas creio eu que ele vai ter esse olhar para tranquilizar essas pessoas que estão sofrendo muito”, alfinetou Mota.

Inicialmente, a incorporadora da venda dos terrenos pretendia pagar cerca de R$ 12 milhões, mas com a mediação o valor subiu para R$ 20 milhões. O imóvel também estava alienado a um banco privado, com dívida de R$ 18 milhões. Segundo a prefeitura, a negociação junto à instituição financeira garantiu a redução para R$ 8 milhões. “Da venda do terreno vão sobrar R$ 12 milhões para indenizar os 800 trabalhadores que desde que não foram contratados. A prefeitura vem dando uma cesta básica por mês" revelou o chefe do Executivo municipal.

O gestor afirmou também que as negociações já foram fechadas e que aguarda questões burocráticas entre sindicato, banco e a empresa.

Próximos passos

Os ex-funcionários da CSN, prometeram suspender as manifestações nos próximos 60 dias para que a indenização seja regularizada pelo órgão. Segundo Jutahy Andrade, representante da categoria, não é interesse deles prejudicar a população da capital baiana com os atos, mas foi necessário para que as tratativas.

“Provisoriamente por 60 dias, até porque foi o prazo que o prefeito deu aqui, em palavra, para resolver a nossa situação e homologar os oitocentos funcionários que se encontram aí de fora da antiga CSN. Não é do nosso interesse trazer esse transtorno para a população baiana. Mas infelizmente é a única maneira que nós encontramos de defender o nosso interesse”, explicou Andrade, que esteve com o prefeito Bruno Reis nesta segunda-feira (16), na Praça Municipal.

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