Logo

Bancada evangélica tenta barrar trecho LGBT de projeto e vereadora chora

Rodrigo Portela

01 de dezembro de 2021 às 15h36 | Foto: Reprodução/Instagram

Imagem de Bancada evangélica tenta barrar trecho LGBT de projeto e vereadora chora

A vereadora Laina Crisóstomo (PSOL) rebateu durante sessão na Câmara Municipal de Salvador nesta quarta-feira (1°), as falas da bancada evangélica da Casa, que tenta barrar trecho sobre a comunidade LGBTQIA+ do Plano Municipal de Cultura de Salvador. Durante discurso, a vereadora, que é lésbica, se emocionou e cobrou visibilidade e respeito.

“Eu sou a única parlamentar LGBT nesta casa assumida, e, pra mim, é sempre muito difícil tentar entender qual é o problema com a sigla LGBT, se não, LGBTfobia, invisibilidade e apagamento das nossas histórias”, destacou a edil.

A fala da vereadora veio após o discurso de da colega Débora Santana (Avante), uma das vereadoras que faz parte da bancada evangélica na Câmara. Em pronunciamento, Santana disse: “Querem colocar o LGBT como cultura, e isso pra nós, respeitamos a orientação sexual de cada um, de cada pessoa, mas a gente [evangélicos] pactuar, precisamos ser coerentes porque estamos tratando de uma cultura de Salvador [...] Minha posição hoje como cristã, eu não entendo o LGBT como cultura, e sim sobre orientação sexual, e deixo aqui o meu desabafo e a minha posição”. As falas causaram polêmica e desconforto em plenário.

Ainda durante seu pronunciamento, Laina rebateu Débora:  “Existe sim cultura LGBT, existe direito LGBT, existe saúde LGBT, existem várias áreas LGBT, porque nós não somos uma sigla apenas, nós existimos”, reiterou. 

A representante do mandato coletivo Pretas Por Salvador se emocionou em seu discurso, destacando todo o preconceito que a comunidade ainda nos tempos atuais vive e mandou um recado para seus colegas. “Vocês não sabem o que é isso, porque vocês não sentem na pele todos os dias a violência que a LGBTfobia nos causa. Não, vocês não tem problema de andar de mãos dadas com seus companheiros e companheiras, vocês não são ameaçados de morte pela orientação sexual que vocês têm. E não, eu não fui influenciada por comportamento LGBT, eu sou LGBT porque eu amo mulheres”.

Programas

Ver mais

Tô na Salvador

Agora, às 13h00

Com Mário Tito

Programa da Joia

Depois, às 16h00

Com Tainá Reis

A Voz do Brasil

Depois, às 19h00

Com

Bora de Samba

Depois, às 20h00

Com Letto Simões

Com Bebeto Junior