CPI: Randolfe diz que declaração de Bolsonaro sobre vacina causar Aids será incluída no relatório

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Política

25 de outubro de 2021 às 15h32

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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, afirmou durante entrevista nesta segunda-feira (25), que a declaração de Jair Bolsonaro (sem partido) em uma live na última semana sobre a vacina contra a Covid-19 causar Aids será incluída no relatório final da comissão.

Na última quinta-feira (21), o chefe do Executivo citou "relatórios oficiais" falsos no Reino Unido para afirmar que vacinados têm mais facilidade para desenvolver síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids). As plataformas do Facebook e do Instagram retiraram o vídeo do ar.

Randolfe também confirmou que a CPI deve encaminhar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, um ofício para que o caso faça parte também da investigação no âmbito do inquérito das fake news. Líder da oposição no Senado, o vice-presidente da comissão chamou ainda Bolsonaro de "delinquente" e disse que ele só não foi preso pelas declarações pois ocupa a presidência da República e conta com a "cumplicidade" de outros poderes.

"Temos que ter consciência de lidar com esse delinquente. Esse delinquente permanece na Presidência da República sobre os auspícios e cumplicidade do presidente da Câmara dos Deputados (Arthur Lira), e a esta altura também da Procuradoria-Geral da República, que não repele este tipo de comportamento", afirmou o senador ao portal UOL.

Randolfe prometeu que Bolsonaro vai responder pelos crimes revelados ao longo do trabalho da CPI e que constam no relatório final. Ele ressalta que o seu desejo de punição se justifica pelos fatos, não por se opor ao governo.

O relatório final da CPI foi apresentado na última sexta-feira (19) pelo relator Renan Calheiros (MDB) e sugere que Bolsonaro seja indiciado por nove crimes, entre eles contra humanidade e de responsabilidade.

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