No AC, governo usa 'Pokémon Go' para alertar sobre riscos de queimadas

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Brasil

08 de agosto de 2016 às 12h46

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Febre mundial, o jogo “Pokémon Go” se tornou a nova ferramenta do governo do Acre para conscientizar a população do estado sobre os riscos causados pelas queimadas, especialmente para alertar a população em relação os animais que vivem nas áreas que estão sendo incendiadas.

Em uma imagem divulgada pela Secretaria de Comunicação do Estado do Acre (Secom), aparece a imagem de um tamanduá, segundo o governo, flagrado pelos bombeiros enquanto fugia de um incêndio ocorrido em uma área de Rio Branco.

O animal aparece na tela de um celular com o dedo do usuário em cima de uma pokébola, usada nos jogos para capturar os monstrinhos, e um texto que diz “enquanto uns aparecem por aí, outros estão desaparecendo bem perto de nós".

A ideia, segundo a secretária de Comunicação, Andréa Zílio, é provocar uma reflexão sobre o problema das queimadas.

“Decidimos tratar o assunto de forma realista, mostrando a gravidade, mas sem agredir o cidadão. Trazer a ideia do ‘Pokémon GO’ é uma forma de chamar atenção e passar a mensagem que queremos. É um trabalho em equipe”, diz a secretária.

'Ano de 2016 está pior que 2005’

Um estudo feito pelo Corpo de Bombeiros mostra que o número de incêndios florestais cresceu mais de 100% em relação ao ano passado no Acre. O período avaliado foi de 1 de janeiro a 20 de julho.

Além da perda da vegetação e o aumento de doenças respiratórias, provocadas pela fumaça, os incêndios no Acre tem prejudicado os animais que vivem nas áreas atingidas.

“Temos tido muitas ocorrências com preguiças, cobras e tamanduás. São os animais que mais encontramos [fugindo de incêndios], mas tivemos uma ocorrência em Acrelândia em que encontramos cotias, animais que vivem em regiões de mata mais fechada”, explica o comandante do Corpo de Bombeiros do Acre, Coronel Carlos Gundim.

Gundim enfatiza ainda que nem todos os animais encontrados conseguem sobreviver. “Às vezes o fogo se alastra de tal forma que os animais, por serem irracionais, não conseguem escapar”, lamenta.

O comandante reforça que a situação é consequência da ação do homem. “Nossa região não é propícia para combustão espontânea. Tudo que está acontecendo é provocado pelo homem e o prejuízo é muito grande. O ano de 2016 está pior que 2005, quando decretamos calamidade pública por quase dois meses por causa das queimadas”, finaliza.

Reprodução: G1

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