Cantor e compositor Manno Góes fala sobre lançamento do livro

O compositor, cantor e escritor Manno Góes marcou presença nesta quarta-feira (3) no Pida! Music, em um bate-papo com o apresentador Leo Sampaio. Autor do livro A Fraternidade, Manno falou sobre o processo de criação literária, que, embora solitário, se assemelha ao processo musical.

"Eu sempre escrevi, sempre tive a leitura e a escrita como companheiras. São duas formas de expressão artística diferentes, mas movidas pelo mesmo impulso criativo", afirmou o artista.

Conhecido por hits como Milla e Praieiro, Manno explicou que começou a escrever o livro entre 2012 e 2013, seguindo um ritmo sem pressa, com tempo para lapidar cada detalhe, diferente de outras obras já publicadas.

"Escolhi lançar este livro agora porque, simbolicamente, ele é muito importante para mim. Tem começo, meio e fim, e carrega o olhar de alguém que amadureceu. Além disso, é uma homenagem ao meu pai, que acompanhou o início do projeto e não está mais aqui. Acho honesto lançar essa obra neste momento. Ela traz muito de mim, é visceral e verdadeira", detalhou.

O livro, que mescla ficção e realidade, apresenta uma linguagem direta e utiliza a violência como recurso literário. Para o futuro, Manno acredita que a obra tem potencial para se tornar uma série audiovisual. "Se vivêssemos em um país onde as pessoas lessem mais, teríamos notícias menos ruins. A arte se ramifica, e a literatura permite enxergar o mundo de diferentes formas", comentou.

A música também esteve presente no bate-papo. Manno Góes, que é diretor da União Brasileira de Compositores, falou sobre as mudanças nos direitos autorais no streaming. "Temos leis que protegem os autores. É fácil vilanizar o ECAD por falta de conhecimento, mas hoje países importantes copiam o nosso modelo. Por isso, é fundamental que o compositor conheça seus direitos", explicou.