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Batalha final do naipe baiano reúne finalistas no subúrbio de Salvador

Redação Salvador FM
17 de fevereiro de 2025 às 13h53 | Foto: Foto: Igor Ramos/Divulgação

Derivado do samba-reggae, o "pagodão" tem como principais caraterísticas a inclusão da percussão e o ritmo mais acelerado, mistura perfeita para a criação de coreografias. Foi neste contexto que surgiu o "naipe baiano", estilo de dança que viralizou nas redes sociais e agora é tema até de competição. A quarta e última edição da batalha de Naipe da Salvador FM, levou na última sexta-feira (14), para Tubarão, no Subúrbio, curiosos e dançarinos para a grande final.
Uma das juradas, a dançaria Priscila Constantini detalha que a sonoridade do pagodão é o espelho das complexidades sociais e raciais do país. “A competição do naipe é o reflexo do nosso pagode baiano. Criado em Salvador, partindo de tantos outros ritmos, ele é visto como elemento da cultura brasileira, que representa toda essa juventude periférica que expressa todos seus desejos, ideais”, detalha.
Como Constantini ressaltou, a mistura de diversas outras cultuas e da prática de grupos raciais inferiorizados, tem feito a cabeça e os passos dos soteropolitanos através do naipe que, agora, além de passo, é gíria, e, a depender da colocação, até elogio.
Além das barreiras da timidez, nessas quatro edições, o naipe baiano venceu a barreira do preconceito, premiando 12 participantes, no primeiro lugar uma caixa amplificadora JBL GO para ouvir, de onde quiser, a programação da Salvador Fm, o mesmo no segundo lugar, e um copo térmico para matar a sede, no terceiro lugar.
Como lição, Priscila Constantini destaca que o naipe baiano deixa mais que passos de verão, ou o molho do gingado baiano, deixa um legado social de resistência e profissionalização da dança.