Giro Eleitoral/Juazeiro: Quem da base de Jerônimo vai tentar tirar reeleição de Suzana Ramos?

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Yuri Abreu

Eleições 2024

07 de maio de 2024 às 09h00

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Foto: Montagem/Reprodução

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Considerada uma das grandes cidades da Bahia com apoio ao PCdoB nos últimos anos, isso sem contar o fato de todos os prefeitos eleitos serem exclusivamente homens, Juazeiro (norte do estado), em 2020, viu pela primeira vez, uma mulher se tornar chefe do Executivo municipal.

Além disso, eleita com 55,58% dos votos, Suzana Ramos pertence a um partido considerado de centro-direita, o PSDB, o que acabou mudando a configuração político-partidária da cidade - a última vez que uma legenda desse espectro governou a cidade foi entre 2005 e 2008, com Misael Aguilar, no antigo PFL (atualmente União Brasil).

Entre 2008 e 2020, a "Terra das Carrancas" teve como gestores Isaac Carvalho (2009 a 2016) e Paulo Bonfim (2017 a 2020), ambos do PCdoB. Agora, após o revés de quatro anos, não apenas os comunistas, como os demais partidos que fazem parte da base de apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) buscam uma "unidade" para, justamente, fazer frente à Suzana Ramos que deve tentar à reeleição.

Até agora, entre os nomes postos estão os dos deputados estaduais Roberto Carlos (PV) e Zó (PCdoB), Joseph Bandeira (PSB) e Alex da Caixa (MDB). Desses quatro, dois já passaram pelo crivo das urnas desde 2000.

Há 24 anos, o socialista, então no PT, venceu a disputa contra Misael Aguilar, que por sua vez deu o troco em 2004. Quatro anos depois, em 2008, ambos foram derrotados por Isaac Carvalho. Naquele pleito, quem também foi avaliado pelas urnas foi o hoje deputado estadual Roberto Carlos, à época no PDT. Porém, ele foi apenas o quarto mais votado entre os postulantes.

Em 2016, Joseph Bandeira, na ocasião no Solidariedade, tentou um novo mandato como prefeito, mas foi derrotado por Paulo Bonfim, do PCdoB. Quatro anos depois, Bonfim, já no PT, perdeu a chance de reeleição para Suzana Ramos.

Dos outros nomes colocados como pré-candidatos, Zó está no terceiro mandato como deputado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Já Alex da Caixa é do MDB. No entanto, apesar da quantidade de postulantes, uma definição para estar longe de acontecer e pode ser que a tal "unidade" fique apenas no discurso. A expectativa é a de que, ainda neste mês, o "martelo seja batido"

E Isaac Carvalho?

Um quinto nome no meio dessas articulações é justamente o do ex-prefeito Isaac Carvalho. Filiado ao PT, ele foi alçado pela sigla como pré-candidato à Prefeitura de Juazeiro. No entanto, uma decisão da Superior Tribunal de Justiça (STJ), transitada em julgado - sem possibilidade de recurso - tornou o petista inelegível até o ano de 2030 por improbidade administrativa.

Um "norte" para o petista é que, na semana passada, a Justiça Federal em Juazeiro proferiu duas decisões reconhecendo a prescrição de uma condenação do Tribunal de Contas da União (TCU) contra ele.

A sentença determina a extinção da cobrança realizada contra o ex-prefeito e a suspensão do acórdão da Corte de Contas. Com essas decisões, o judiciário seguiu um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que o Tribunal "não respeitou o prazo prescricional de cinco anos, tendo condenado injustamente o ex-prefeito".

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