O astronauta americano da Nasa, Frank Rubio, e os cosmonautas russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin retornaram à Terra na última quarta feira (27), depois de 371 dias no espaço para uma missão inicialmente prevista para durar seis meses, mas que se tornou um pesadelo.
O trio decolou em setembro do ano passado, em uma missão conjunta da Nasa com a Roscosmos, mas três meses depois de embarcarem na aventura a espaçonave Soyuz MS-22 teve um problema técnico causado por lixo especial impossibilitando o retorno para a terra. Em fevereiro deste ano, segundo jornal O Globo, a Nasa enviou o Soyuz NS-23 para que os astronautas pudessem retornar.
Ao desembarcar, Rubio, que é um médico do Exército e piloto de helicóptero de 47 anos, disse que se arrependeu de integrar a missão, e teria recusado o convite para ir ao espaço se soubesse que levaria mais do que o dobro do tempo previsto.
Momentos históricos
Ele disse que acabou perdendo marcos familiares importantes aqui na terra, como a ida de um dos seus quatro filhos para a academia militar de West Point, além da formatura do mais velho no primeiro ano na Academia Naval dos EUA.
O astronauta ainda disse que ele e os colegas não estão suportando o próprio peso, e que se sente ansioso para simplesmente estar ao ar livre e desfrutar da paz e tranquilidade. Eles levarão de dois a seis meses para restabelecer as condições físicas. Rubio também disse que lidar com o aspecto psicológico de passar tanto tempo no espaço era mais difícil do que ele esperava.
Apesar do contratempo, Rubio e os demais tripulantes da Soyuz MS-22 bateram o recorde de voo espacial mais longo dos EUA. O recorde mundial é da Rússia, que permaneceu no espaço por 437 dias em uma missão, em meados de 1990.
