Tragédia na Baía de Todos-os-Santos completa 6 anos e famílias ainda aguardam indenizações

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Salvador

24 de agosto de 2023 às 09h48

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Foto: Alberto Maraux SSP

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Há 6 anos a travessia Mar Grande-Salvador registrava a maior trágedia marítima da Baía de Todos-os-Santos. Naquela manhã de 24 de agosto de 2017, o desespero tomou conta de passageiros e moradores da ilha e capital baiana. Ao todo, 19 pessoas morreram após a embarcação Cavalo Marinho I virar no mar.   

Em 2023, as famílias das vítimas ainda aguardam uma resolução na Justiça. Os casos foram movidos individualmente, com cada familiar ou vítima acionando um advogado para pedir indenizações pelos danos sofridos. Alguns chegaram a um acordo, mas a maioria deles ainda espera uma sentença e, consequentemente, ser indenizado.

O Ministério Público (MP-BA) ofereceu ainda uma denúncia na esfera criminal, no mesmo ano do acidente, contra o marinheiro Osvaldo Coelho Barreto, que comandava a embarcação, e o empresário Lívio Garcia Galvão Júnior, dono da CL Empreendimentos, empresa responsável pela lancha.

Apenas o processo realizado na esfera militar, pela Marinha, foi encerrado. Em julho de 2021,  o Tribunal Marítimo, cuja função é apurar responsabilidades referentes ao acidente, cancelou o Certificado de Registro de Armador da CL Empreendimentos. A mesma corte ainda considerou que Lívio Garcia Galvão Júnior, dono da CL, e Henrique José Caribé Ribeiro, engenheiro da embarcação, tinham conhecimento dos riscos. Já Osvaldo Coelho Barreto, comandante da embarcação, foi absolvido. 

Com a ausência de decisão e de responsabilização sobre a tragédia que deixou 19 mortos e famílias destruídas, como tentativa de apaziguamento, em uma audiência de conciliação com o juiz e os advogados da Cavalo Marinho, a parte ofereceu R$ 5 mil e um celular para os sobreviventes, e R$ 7 mil para as famílias que perderam algum parente. 

“Não recebemos apoio de ninguém, ninguém para falar com as vítimas, com as viúvas, com os filhos”, disse em 2022 o filho de uma das vítimas à Radio Salvador FM. 

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