Próximos anúncios ministeriais de Lula devem contemplar partidos de centro

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Política

22 de dezembro de 2022 às 18h48

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O bloco político do centrão e outros partidos como PSD, MDB e União Brasil acabaram não sendo contemplados no anúncio ministerial feito pelo presidente eleito Lula (PT), nesta quinta-feira (22), um dia após o Congresso Nacional aprovar a PEC da Transição. As informações são do Jornal Folha de S. Paulo.

Os 16 nomes escolhidos oficialmente por Lula nesta quinta somam-se aos cinco já anunciados, somando 21. Restam ainda 16, caso se confirmem 37 pastas anunciadas pelo futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

O bloco do ‘centrão’ é comandado pelo PP do presidente Câmara, Arthur Lira, presidente da Câmara, PL e Republicanos, que integram a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda restam, no entanto, uma série de pastas que devem alocar nomes dos partidos do centro ou do centrão, como Cidades, Planejamento, Turismo, Minas e Energia e Integração Nacional.

Um dos principais impasses diz respeito à senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada na disputa presidencial e que aderiu a Lula no segundo turno. Ela desejava ocupar Desenvolvimento Social, mas a pasta foi dada ao senador petista Wellington Dias. Tebet poderá ocupar o Meio Ambiente, mas a pasta também é reivindicada pela Rede para a ex-ministra Marina Silva.

Carlos Fávaro deve ocupar a Agricultura, mas ainda não foi anunciado oficialmente, é senador pelo PSD do Mato Grosso e foi um dos articuladores da campanha petista junto ao agronegócio, desde o primeiro turno. O senador Alexandre Silveira (MG), é outro dos nomes do PSD cotados para o primeiro escalão de Lula.

Apesar de apoiar o governo Bolsonaro, o centrão foi essencial para a aprovação da PEC da Transição no Congresso e já vem pleiteando algumas pastas, tendo à frente Arthur Lira, que terá apoio do PT à sua reeleição em fevereiro. Lira tentou emplacar uma indicação para o comando da Saúde, mas Lula anunciou Nísia Trindade, socióloga, professora e presidente da Fiocruz desde 2017.

No entanto, ao grupo não interessa apenas pastas no alto escalão do Executivo, mas também o comando de postos estratégicos como a Codevasf.  A empresa foi usada pelo centrão, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), para direcionar verbas para aliados por meio de obras com suspeita de corrupção.

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