Futuro ministro da Justiça de Lula quer acesso a informações de inquérito contra atos golpistas

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Política

12 de dezembro de 2022 às 07h47

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Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

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O futuro ministro da Justiça do governo Lula (PT), Flávio Dino (PSB) quer a ajuda do Supremo Tribunal Federal (STF) para fechar o cerco contra aqueles que cometem crimes contra a democracia. 

Já em um movimento como membro do governo, Dino solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que forneça informações colhidas no inquérito contra os líderes dos atos antidemocráticos que bloqueiam estradas em todo o país, e que financiam a permanência de bolsonaristas nas frentes dos quartéis do Exército.

"Estamos diante de uma situação concreta que não sabemos por quanto tempo vai se alongar", disse o ex-governador do Piauí ao colunista Chico Alves, do UOL.

Segundo Dino, o acesso aos conteúdos podem ajudar a Polícia Federal a cumprir o seu papel.

"É uma possibilidade que depende de decisão do relator no STF (ministro Alexandre de Moraes). Se ele autorizar, certamente serão informações muito importantes para a Polícia Federal executar suas atribuições legais", complementou.

O novo inquérito aberto por Moraes pretende apurar uma possível "organização criminosa" por trás dos atos que pedem o fechamento do Congresso e intervenção militar.

A mobilização dos apoiadores de Bolsonaro teve início logo após a derrota do ainda presidente nas urnas no último dia 30 de outubro. Eles não aceitam o resultado eleitoral e alegam fraude, apesar das evidências contidas no próprio relatório das Forças Armadas, elaborado a pedido de Bolsonaro, mostrarem o contrário.

Dino cita artigos da Constituição Federal que autoriza juízes federais para processar e julgar "os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas". Além disso, o Artigo 144 prevê que a Polícia Federal apure "infrações penais contra a ordem política e social". 

"Portanto, objetivamente, cabe à Polícia Federal instaurar inquéritos policiais nesses casos. Isso será feito. Ou seja, cessará a omissão ou conivência com aqueles que querem aniquilar o Estado Democrático de Direito cometendo crimes", explica o senador reeleito, que vai abrir mão do mandato para assumir o ministério que já foi ocupado por Sergio Moro (União).

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